Veja por que a expansão da bioeletricidade da cana no país está muito aquém do potencial
26-05-2015

Embora a sociedade brasileira não reconheça, a biomassa sucroenergética já é a terceira fonte mais importante da matriz de energia elétrica do Brasil em termos de capacidade instalada. Atingiu o marco de 10 mil MW em potência efetivamente fiscalizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o que corresponde a 7% de toda capacidade instalada de energia do país.

Apesar de ter atingido esse patamar, a bioeletricidade ainda está longe de ter o estímulo que merece, por conta de suas externalidades – afinal é uma fonte limpa e renovável -, e precisa da continuidade de políticas que garantam sua expansão.

Em 2010, de acordo com a ANEEL, a fonte chegou a instalar 1.750 MW, equivalente a 12,5% de uma usina Itaipu. Todavia, em 2015, a previsão é que a biomassa seja responsável pelo acréscimo de apenas 633 MW, ou seja, 36% do que foi instalado em 2010, mostrando que a fonte poderia ter um papel atual ainda mais relevante na matriz de energia elétrica, caso tivesse havido uma continuidade em sua expansão anual.

Na opinião de Zilmar de Souza, gerente de bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), é necessário evitar uma política do tipo stop and go (ou go and stop) e promover de uma vez a definição de uma agenda positiva clara, estável e estimulante de longo prazo para o setor sucroenergético.

“Mantendo-se o movimento de melhora de preço nos leilões regulados, que estamos observando ultimamente, e das condições institucionais no setor elétrico, a fonte biomassa da cana já mostrou que tem potencial para aprofundar seu papel como uma das soluções na garantia do suprimento energético e da sustentabilidade da matriz elétrica brasileira”, conclui o gerente da Unica.

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