Venda da Syngenta deve ficar para 2017
26-10-2016

A Syngenta informou nesta terça-feira, 25, que a aprovação regulatória de sua venda para a China National Chemical Corp (ChemChina) atrasará e deverá ficar para o começo de 2017. A expectativa inicial era de que a operação fosse concluída no final deste ano.
"Em um contexto de consolidação da indústria, os reguladores (da União Europeia e de outros lugares) estão pedindo várias informações adicionais. Esperamos, agora, que o processo regulatório se estenda até o primeiro trimestre de 2017", afirmou a Syngenta, em nota. "ChemChina e Syngenta continuam totalmente compromissadas com a transação e estão confiantes quanto à sua conclusão."
Na segunda-feira, 24, um regulador europeu já havia dito que as companhias não tinham entregue as soluções necessárias para evitar preocupações antitruste resultantes da fusão, anunciada em fevereiro, pelo valor de US$ 43 bilhões. O prazo para a apresentação dessas garantias terminou na sexta-feira, 21.
Bayer e Monsanto - De acordo com o executivo-chefe da empresa suíça, Erik Fyrwald, a proposta de aquisição da Monsanto pela Bayer, divulgada em setembro e que pode criar a maior companhia do agronegócio mundial, levou os reguladores a pedir um volume de informações "nunca antes visto" sobre o acordo entre Syngenta e ChemChina. Entre as solicitações estão dados sobre culturas, geografia e ingredientes utilizados.
Ainda segundo Fyrwald, as empresas não entregaram as soluções antitruste no prazo estipulado porque os reguladores europeus ainda não tinham um feedback para as garantias. Ele prevê que a chamada Fase II da análise do processo se iniciará ainda em outubro e deverá compreender 90 dias de trabalho. "Os reguladores estão absolutamente corretos quanto ao trabalho deles", afirmou. "Trabalharemos com eles para resolver essas questões o quanto antes".
Balanço - A Syngenta anunciou também nesta terça-feira que suas vendas no terceiro trimestre de 2016 totalizaram US$ 2,5 bilhões, 3% menos na comparação com os US$ 2,62 bilhões de igual período de 2015. O resultado, contudo, veio dentro do esperado pelo mercado. Foram registrados aumentos nas vendas nos Estados Unidos, Ásia e Europa, que foram atenuados por uma menor receita na América Latina.