Venda de energia engordou o caixa da Usina Pitangueiras em 2014
21-01-2015

A energia elétrica foi o produto mais remunerador para o setor sucroenergético em 2014, salvou ou pelo menos engordou o caixa de muitas usinas, entre elas a Usina Pitangueiras, localizada no município paulista de mesmo nome. Na safra 2014, o faturamento da unidade foi de trezentos e dez milhões de reais, sendo que, deste valor, mais de 10% foi proveniente da exportação de energia. 

Em 2014, a usina vendeu em torno de 16,5 MW/h, que resultou em 87.000 MW/h na safra. “Tivemos alguns contratos de longo prazo no valor de R$ 290,00/MW. Mas, como colocamos energia no mercado Spot, a média de venda foi de R$ 422,00/MW”, conta João Henrique de Andrade, diretor administrativo/Industrial da empresa. Com esses valores, o faturamento da empresa, em 2014, com energia foi de cerca de trinta e seis milhões de reais.
A pitangueiras começou a cogerar em 2006, quando foi decidido aumentar a caldeira, já que a usina se preparava para um considerável aumento na moagem, saindo de 400 para 600 ton/ha. “Nessa época, compramos um conjunto de turbina + gerador para geração de 15 MW/h, já que exportávamos em torno de 9 MW/h. Em 2009, adquirimos mais um conjunto para geração de 10 Mwh, ficando com um total de 25 MW/h Instalados. Já na Safra de 2010, exportamos 15,5 MW/h”, conta o diretor. Atualmente, a capacidade da empresa gira em torno de 26 MW/h, exportando um excedente de 16,5 MW/h.
A grande novidade da Pitangueiras em 2014, foi o recolhimento da palha da cana que foi incorporada ao bagaço. No período da safra, a usina é totalmente autossuficiente, sendo que, com a utilização da palha, a produção de energia aumenta em 30 dias, o que representa um ganho de R$ 6 milhões. Para esse processo, a Pitangueiras optou pelo enfardamento da palha que, segundo seus profissionais, é o mais viável, entre principais benefícios está o fato de levar menos impurezas para a indústria.
Para o futuro, a usina prevê um grande projeto de ampliação na cogeração, que aumentará a capacidade de exportação para 30 MW/h. Porém, esses planos esbarram na falta de estruturação energética brasileira. “Não estamos conseguindo fazer o investimento sair do papel, pois não há ponto de conexão. As linhas atuais de transmissão não suportam nosso pedido de aumento. Isso é até vergonhoso de se falar. O Brasil necessitando de energia mais barata e limpa e não temos aonde conectar”, relata Andrade, que concluiu: “Não tenho dúvida que, em 2015, a energia continuará como o maior remunerador no setor.”
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