Vinhaça é alternativa de fertilizante biológico à base de água
14-07-2020

Concentrador de vinhaça da Cofco, em Catanduva (SP) (Foto: Divulgação)
Concentrador de vinhaça da Cofco, em Catanduva (SP) (Foto: Divulgação)

Projeto para reutilização desenvolvido pela Cofco integra meta da empresa de economizar pelo menos 1,3 milhão de m³ de água por ano até 2025

MARIANA GRILLI - Revista Globo Rural

Subproduto do processamento e destilação para produzir o etanol, a vinhaça pode ser uma alternativa de fertilizante biológico à base de água.Uma iniciativa de utilização desse recurso tem sido desenvolvida pela chinesa Cofco International, a fim de contribuir com a redução do consumo de água em 10% até 2025 em sua operação global.

A concentração e extração de água da vinhaça está sendo feita na usina de açúcar em Potirendaba (SP), e deve ser estendida às unidades de Catanduva e Sebastianópolis, também no interior de São Paulo, contando com estações de tratamento de águas residuais. A empresa pretende concluir o projeto em 2021.

 “A água proveniente da concentração da vinhaça será tratada com o intuito de reutilização, beneficiando tanto a cadeia de produção quanto o meio ambiente, pois o reuso tende a diminuir a captação de água de rios e poços artesianos”, explica a multinacional chinesa em nota.

A partir da iniciativa, a meta da Cofco ao longo de cinco anos é aumentar gradativamente o reuso e, consequentemente, reduzir a captação de água por tonelada de cana processada em, aproximadamente, 28% em Catanduva e 16% em Sebastianópolis.

"Além de colaborar com nossos fornecedores para promover o uso eficiente da água no campo, temos uma oportunidade real de reduzir o uso de água em nossas operações industriais, otimizando os principais processos para reduzir o consumo de água doce e os custos operacionais", diz Wei Peng, Head de sustentabilidade da Cofco International.

Ainda segundo a empresa, os processos industriais para grãos e oleaginosas também devem passar por uma revisão de sustentabilidade. Por exemplo, as plantas de esmagamento de oleaginosas estão estudando a viabilidade de usar trocadores de calor para reduzir o consumo de vapor e, consequentemente, uso da água e volume de águas residuais.