5ª DATAGRO Abertura de Safra Soja, Milho e Algodão: palestrantes apresentam potencial brasileiro na produção de etanol de milho
28-08-2024

Moderado pelo presidente da DATAGRO, Plinio Nastari, participaram do painel de discussão Guilherme Nolasco, Mário Campos Filho e Luciana Portellinha

O etanol de milho foi o tema central do terceiro painel da 5ª DATAGRO Abertura de Safra Soja, Milho e Algodão, evento que ocorre nesta terça (27) e quarta-feira (28) em Cuiabá (MT).

Moderado pelo presidente da DATAGRO, Plinio Nastari, participaram da discussão Guilherme Nolasco, presidente da União Nacional do Etanol de Milho (UNEM); Mário Campos Filho, presidente da Bioenergia Brasil; e Luciana Portellinha, gerente de desenvolvimento de negócios da Ipiranga.

Para abrir a discussão, Nastari apresentou uma série de dados, que comprovam o crescimento exponencial do etanol de milho no Brasil. De acordo com o presidente da DATAGRO, a produção do biocombustível saiu de 41 milhões de litros em 2023, para 7,7 bilhões de litros em 2024, conforme projetado pela consultoria.

"Trata-se de um crescimento médio de 25% ao ano", disse Nastari.

Dando continuidade à discussão, Nolasco contou a trajetória do etanol de milho no Brasil, desde o início, até este exato momento, quando o País conta com 22 biorrefinarias em operação, além de 9 já com autorização para construção e outras 11 programadas para serem construídas. Atualmente, o etanol de milho representa 20% da produção brasileira do biocombustível.

Assim como todo produto, para ter competitividade no mercado, o etanol de milho também precisa de incentivos fiscais e alguns benefícios do governo. E é por isso que luta a Bioenergia Brasil, representante do setor nacionalmente, que reúne associações em dezessete estados, sendo a voz de 223 unidades industriais.

Na oportunidade, o Mário Campos Filho, presidente da Bioenergia Brasil, apresentou a importância que tem para o setor o Marco do Hidrogênio, o Programa Mover, o Projeto de Lei do Combustível do futuro e a Reforma Tributária.

Para finalizar o painel, Portellinha trouxe ao debate a visão das distribuidoras, apresentando alguns números, que mostram o potencial brasileiro no consumo de biocombustíveis.

Atualmente, os biocombustíveis líquidos representam cerca de 20% do consumo energético dos transportes no Brasil, mas globalmente esse percentual é de apenas 4%. Em nosso país, o setor de transportes foi responsável por 11% das emissões totais de CO2 em 2022; globalmente, esse número é de 25%.

Segundo a gerente, o etanol vem pautando os atributos ambientais no Brasil, porém, para os consumidores finais, da ponta da cadeia, os fatores econômicos nunca deixarão de ser importantes, e, por isso, devem sempre ser levados em conta.

“Como distribuidoras, também estamos atuando rumo a uma transição energética. Não enxergamos que os elétricos são a solução para o Brasil. O híbrido entra com bastante força, sustentado pelos combustíveis líquidos”, pontuou Portellinha.

Fonte: DATAGRO