A campanha "Etanol, o Combustível Completão" prova que investir em comunicação traz resultados

20-02-2015

Siamig deve fazer campanha para estimular o consumo do hidratado no estado

No Estado de São Paulo, o último trimestre de 2014 teve o aumento das vendas do etanol hidratado. Na análise trimestral, esta participação saltou de 32,6% entre julho e agosto para 35,7% nos últimos três meses do ano.
De acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) avaliados pela UNICA, a participação do etanol no consumo de combustíveis do ciclo Otto em São Paulo que era da ordem de 32% nos nove primeiros meses de 2014, aumentou continuamente após setembro. Totalizando 34,3% em outubro, 36,2% em novembro e 36,5% em dezembro.
O que ajudou a impulsionar as vendas foi a nova fase da campanha publicitária “Etanol, o Combustível Completão”, criada para a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) pela agência de propaganda Borghi/Lowe e lançada no dia 28 de setembro.
Iniciativas como esta da Unica atende uma demanda antiga do setor sucroenergético, na opinião do empresário Maurílio Biagi, da Maubisa. “Para o setor o sucroalcooleiro, a comunicação não é vista como investimento.” Em artigo divulgado em 2010, Biagi dizia que, em mais de 30 anos de exposição na mídia como representante do setor, aprendeu que a comunicação é uma “guerra” que precisa ser levada adiante todos os dias, inclusive nos sábados, domingos e feriados. “Uma guerra no bom sentido, em que se luta para conquistar corações e mentes dos cidadãos/consumidores. Uma guerra em que a única munição válida é a informação correta.”
Para o ex-Ministro da Agricultura e ex-presidente do Conselho da Unica, Roberto Rodrigues, para o setor sucroenergétco é fundamental ampliar os mecanismos de comunicação.

MOSTRAR OS PONTOS POSITIVOS DO ETANOL - Na avaliação do coordenador de Comunicação da UNICA, Paulo Zappa, além destes resultados comerciais, a campanha “Etanol, o Combustível Completão” também reforçou a imagem do etanol como uma opção limpa, renovável e com importantes impactos sociais e econômicos, por isso conseguiu atingir seus objetivos.
“Mais uma vez a campanha ‘Etanol, o Combustível Completão’ destacou os pontos positivos do nosso biocombustível, que vão muito além da questão do preço, como a geração de ganhos ambientais, sociais e de significante crescimento econômico em centenas de municípios canavieiros”, finalizou Zappa.
Investir na imagem do etanol junto à sociedade também é uma preocupação em Minas Gerais. No final do ano passado, o governo estadual reduziu a tributação do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre o etanol hidratado de 19% para 14%, o que tende a alavancar o consumo do biocombustível no estado, que tem a segunda maior frota de veículos do país. Espera-se que o consumo anual do combustível salte de 750 milhões de litros para 1,5 bilhão de litros.
Mas Minas Gerais sempre foi um estado que exportou principalmente para são Paulo o seu etanol hidratado. O mineiro não tem muito o hábito de abastecer seu veículo com o biocombustível. Por isso, a Siamig (Associação das Indústrias Sucroenergéticas de MG) está estudando fazer campanha no estado em prol do consumo do etanol nas bombas. “Trabalhar com a cultura da população é essencial. Não vamos ficar quietos esperando o consumidor se ater à mudança da correlação de preço. Temos que informar essa correlação e mostrar os benefícios do nosso produto ao consumidor”, explica Mário Campos, presidente da Siamig.

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