A crise do setor não matou as inovações tecnológicas
28-01-2016
Sistema de muda pré-brotada (MPB) muda a forma de plantio de cana, praticamente a mesma há 500 anos
Para a produção da matéria de capa da próxima edição da CanaOnline: Cana do futuro – além de levantarmos pesquisas e tecnologias que estão no forno, também resgatamos a evolução registrada nos últimos anos no setor sucroenergético. Conferimos que, apesar da crise, iniciada em 2007, e considerada a pior da história canavieira, as inovações não morreram.
Claro que aquela expectativa que existia em 2003 até 2006, de que chegaríamos a 1 bilhão de toneladas e mais de 500 unidades produtoras em 2015, não se concretizou, mas várias inovações se tornaram realidade. Algumas, revolucionárias, como o sistema de muda pré-brotada (MPB), que muda a forma de plantio de cana, praticamente a mesma há 500 anos.
O aperto no cinto provocado pela crise intensificou o conceito de produzir mais e melhor na mesma área. Com isso, o setor está revendo práticas, aperfeiçoando tecnologias, valorizando subprodutos da cana e está mais aberto às inovações.
O que prova que o caos também tem seus benefícios. Um grande exemplo é a Idade Média, historiadores dizem que mesmo no período conhecido como “Idade das Trevas” - justamente por representar atraso, ignorância, fome e pestes, isso entre os séculos VI e XII -, a humanidade avançou.
As bases para a música clássica foram desenvolvidas nesta época. Também foi neste período que surgiram as universidades e que o mundo apresentou aumento na produção agrícola, devido ao desenvolvimento de instrumentos de madeira e de ferro, a criação das sapatas do cavalo, do colar de cavalo, arados mais pesados, o carrinho de mão, o poço artesiano, moinhos de vento, moinhos de rodas e técnicas como a rotação de terras, que deixaram a agricultura mais eficiente.
Então, apesar de tudo, o balanço é positivo.
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