A crise se estende pelos municípios canavieros
09-12-2014

Luciana Paiva

Por ser o maior polo sucroenergético do mundo, Sertãozinho, no interior paulista, sente mais forte o golpe, mas o munícipio não é o único a sofrer. O setor foi responsável por quase um terço das demissões na área industrial em São Paulo durante o mês passado. As demissões no setor de açúcar e álcool influenciaram a queda do índice da Federação e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp) para o mês. Em outubro, o segmento foi responsável por 4.054 de vagas fechadas, enquanto o restante da indústria demitiu 8.446.De janeiro a outubro, a indústria sucroalcooleira criou 8.407 vagas, com uma participação de 7,7% no total de empregos. Essa fatia foi de 14% durante o mesmo período em 2013, de 26,2% em 2012 e chegou a 40,3% em 2009, ano da crise.
Somente no Estado de São Paulo, responsável por cerca de 60% da produção nacional de cana-de-açúcar, dos 645 municípios, mais de 450 cultivam cana e dezenas deles têm unidades instaladas. Em alguns deles a unidade deixou de funcionar, é o caso de Santo Antonio de Aracanguá, no Oeste do estado. Lá, a paralisação foi da Usina Aralco. O prefeito Luiz Carlos dos Reis Nonato, o Luizão (PT), diz que, o prejuízo é grande para a cidade, pois além das demissões e transferências de funcionários para outras unidades da empresa na região, há a questão de divisas que forma a produção, o PIB (Produto Interno Bruto).
Segundo o Prefeito, no repasse do ICMS, transferidos pelo estado mensalmente, o grupoAralco representa cerca de 30%. “O percentual é muito grande, a questão da indústria e das empresas que participam da cadeia produtiva no município estava sinalizando aumentos, fruto de um trabalho forte na área, mas, com a paralisação, a situação fica complicada.”

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