A definição do plantel varietal pode definir o sucesso do canavial
18-02-2020

 A adoção de novas variedades genéticas no plantio de cana-de-açúcar, significa a incorporação de ganhos na grande lavoura
A adoção de novas variedades genéticas no plantio de cana-de-açúcar, significa a incorporação de ganhos na grande lavoura

É fundamental adotar um plantel varietal amplo, evitando a concentração de uma mesma variedade

Na hora de implantação ou renovação de canaviais é preciso um bom planejamento para a definição do plantel varietal, ou seja, a escolha das variedades de cana que irão formar o canavial. A orientação é a adoção das variedades que mais atendam as condições de solo e clima das regiões que serão implantados os canaviais, com a atenção de contar com variedades precoce, médio e tardia, possibilitando a colheita nos melhores períodos de maturação durante a safra toda.

Marcos Landell, diretor do Programa Cana IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, salienta a importância em adotar um plantel varietal amplo, evitando a concentração de uma mesma variedade. “Garantindo a segurança biológica que é conferida à lavoura, impede-se assim, grandes danos no caso do surgimento de uma nova doença que comprometa uma variedade cultivada em áreas expressivas”.

O pesquisador aconselha a adoção de novas variedades genéticas no plantio de cana-de-açúcar, o que significa a incorporação de ganhos na grande lavoura, gerando uma canavicultura mais sustentável. Segundo ele, estudos indicam que as variedades mais modernas produzem mais por hectare – em torno de 15 toneladas. “O produtor está perdendo oportunidade de incorporar uma variedade moderna; identificar opções para incrementar a produtividade significa caminhar em direção à cana de três dígitos”, afirma Landell, referindo-se aos materiais que possam produzir a partir de 100 toneladas por hectares.

O desenvolvimento e liberação de variedades de cana ficam por conta de três institutos de pesquisas: Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (Ridesa), Programa de Cana do IAC; e Centro de Tecnologia Canavieira CTC), que oferecem variedades indicadas para o corte mecanizado, para áreas irrigadas, com maior tolerância à seca, à pragas e doenças, com maior produtividade e já tem até variedade de cana transgênica, lançada pelo CTC, que é tolerante à broca de cana, a principal praga dos canaviais.

Fonte: CanaOnline