“A seca de abril nos assustou; choveu apenas 5 mm, sendo que o normal é pelo menos 80 mm”
17-05-2016
Na Usina Santo Ângelo, localizada em Pirajuba, MG, a safra está muito adiantada em relação à programação. A moagem está a todo vapor. “No começo de safra sempre produzimos mais, mas vemos que não está atingindo a produção que esperávamos”, diz Luiz Alberto Bortoletto, gerente agrícola da empresa.
Ele lamenta que a unidade praticamente não registrou chuvas desde o início do ciclo, até meados de maio. Uma estiagem que trouxe preocupação. “A seca que houve nos assustou. Em abril praticamente não tivemos nenhuma precipitação significativa. Choveu apenas 5 mm durante todo o mês, num período em que normalmente chove de 80 a 100 mm”, diz.
Resultado: “Estamos preocupado com as canas de final de ciclo. É cedo para ter certeza, mas achamos que podemos ter queda expressiva se a seca continuar.”
A preocupação principal é com o desenvolvimento do canavial de meio e fim de safra e com as canas-planta, que também estão sofrendo muito. “Se houver outros momentos de seca, será ruim também para o ano que vem pelo desenvolvimento da cana-planta.”
A Santo Angelo prevê um crescimento da produção da safra no ciclo 2016/17, para 3,1 milhões de toneladas de cana – no ciclo anterior a produção foi de 3 milhões. Com a ajuda das chuvas, a produtividade agrícola em 2015 fechou na unidade em 97 t/ha, e a estimativa é de 96 t/ha nesse ano. Mas o comportamento do clima será decisivo para a confirmação das previsões.
Para esse ano, explica Bortoletto, a Santo Angelo montou uma estratégia diferente para a safra. “Começamos em terrenos mais arenosos para ver se ganhamos em maturação e está dando certo. Estamos com 12 kg a mais de STR em relação ao mesmo período do ano passado. Se cair um pouco a produção, vai compensar no ATR, pelo menos é isso que esperamos.”
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