Ações agroambientais, como o fim da queima, promovem vida nos canaviais
21-08-2024

Crédito foto: Leontino Balbo Filho
Crédito foto: Leontino Balbo Filho

Colheita de cana crua, preservação de nascentes, reflorestamento, corredores ecológicos. É a cana se firmando como parceira da natureza

Inovação assusta. Ainda mais quando é para mudar uma prática milenar, que só no Brasil era adotada desde os primeiros anos de sua existência, lá no século XVI: a queima da palha da cana-de-açúcar para a realização de sua colheita.

Por isso, quando Leontino Balbo Júnior, engenheiro agrônomo e diretor-agrícola da Usina São Francisco, de Sertãozinho-SP, em 1986, defendeu a ideia de colher cana crua, a maior parte do setor se rebelou, chamou Leontino de louco. Ainda bem que Leontino não era louco sozinho.

Luiz Antonio Ribeiro Pinto e seu filho Arnaldo Adams Ribeiro Pinto, donos da Santal Equipamentos, localizada em Ribeirão Preto-SP, tinham no DNA o gene do invencionismo, tanto que, Luiz Antonio e seu pai Arnaldo desenvolveram na década de 1960 a primeira colhedora de cana brasileira. Fato que levou muita gente a torcer o nariz, pois a concepção, até então, era de que a cana nasceu para ser cortada por pessoas empunhando o podão.

Pai e filho, juntos com Leontino, no início dos anos de 1990 iriam desafiar o setor com uma tecnologia ainda mais inovadora: a colhedora de cana crua. “Quando apresentamos o conceito, muitos disseram ser um absurdo. Que iríamos danificar o canavial. Mas encontramos o Leontino Balbo, que foi nosso parceiro no desenvolvimento da colhedora. Passamos a contar com uma usina para testar e validar o projeto”, relembra Arnaldo.

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