Açúcar bate mínima de 1 ano e meio com crescente produção no CS do Brasil
17-05-2024

Os contratos futuros do açúcar bateram a mínima de 18 meses na ICE Futures de Nova York nesta quinta-feira (16), com a pressão de um ritmo acelerado na produção da região Centro-Sul do Brasil, maior produtora da commodity do mundo.

Os operadores, segundo a Reuters, disseram que o forte início da colheita no centro-sul do Brasil continua tendo uma influência baixista no mercado. “A União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) informou na quarta-feira que a produção de açúcar no centro-sul somou 1,84 milhão de toneladas na segunda quinzena de abril, um aumento de 84,25% em relação ao mesmo período do ano anterior”.

Nem mesmo o alerta da própria Unica de que o aumento de produção nesse início de temporada refletia parcialmente as condições mais secas e que a extensão do aumento pode não ser sustentada no final da temporada foi capaz de frear as perdas nas bolsas internacionais.

O contrato julho/24 da ICE de NY, do açúcar bruto, fechou em queda de 32 pontos, ou 1,7%, comercializado a 18,33 centavos de dólar por libra-peso, após atingir uma mínima em 18 meses de 17,95 centavos. Já a tela outubro/24 fechou em 18,37 cts/lb, queda de 33 pontos. Os demais lotes recuaram entre 15 e 34 pontos.

Londres

Em Londres o açúcar branco também recuou em todos os lotes da ICE Futures Europe. O contrato agosto/24 foi comercializado a US$ 536,20 a tonelada, queda de 6,10 dólares no comparativo com a véspera. Já a tela outubro/24 recuou 6,40 dólares, contratada a US$ 516,00 a tonelada. Os demais lotes recuaram entre 3,10 e 7,50 dólares.

Mercado doméstico

Queda também nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. Ontem, a saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 137,84 contra R$ 139,63 de quarta-feira, desvalorização de 1,28% no comparativo.

Etanol hidratado

Pelo sexto dia consecutivo as cotações do etanol hidratado fecharam desvalorizadas pelo Indicador Diário Paulínia. Ontem, o biocombustível foi comercializado pelas usinas a R$ 2.400,50 o m³, contra R$ 2.411,00 o m³ praticado no dia anterior, desvalorização de 0,44% no comparativo. No mês o indicador acumula baixa de 2,08%.

Rogerio Mian

Fonte: Agência UDOP de Notícias