Açúcar: contratos futuros fecham em alta com preocupações na Índia e produção brasileira abaixo do esperado
12-07-2023

A terça-feira (11) foi de alta em quase todos os lotes do açúcar nas bolsas internacionais. Segundo analistas ouvidos pela Reuters, a baixa foi influenciada pela produção brasileira abaixo do esperado pelo mercado e "em meio a preocupações com a produção na Índia".

"A produção de açúcar do Centro-Sul do Brasil aumentou 7,6% na segunda quinzena de junho em comparação com o ano anterior, para 2,7 milhões de toneladas, informou a Unica nesta terça-feira. O dado ficou abaixo das expectativas do mercado, que esperava produção de 2,88 milhões de toneladas. A moagem de cana também ficou abaixo do esperado", destacaram os analistas.

Outro ponto que pressionou as cotações foi o fato de os produtores de cana-de-açúcar nos principais estados produtores da Índia estarem preocupados "com as escassas chuvas durante o período crucial de crescimento da safra".

Nova York

Na ICE Futures de Nova York apenas o lote julho/25 fechou no vermelho, todas as demais telas se valorizaram. O vencimento outubro/23 foi contratado ontem a 23,53 centavos de dólar por libra-peso, valorização de 9 pontos no comparativo com a véspera. Já a tela março/24 subiu 10 pontos, negociada a 23,66 cts/lb. Os demais contratos subiram entre 4 e 18 pontos.

Londres

Em Londres, na ICE Futures Europe, apenas o lote dezembro/24 fechou desvalorizado. O vencimento agosto/23 subiu 13,70 dólares, com a tonelada contratada a US$ 678,70. Já a tela outubro/23 foi contratada a US$ 659,70 a tonelada, valorização de 9 dólares. Os demais contratos oscilaram entre alta de 2 a 8,90 dólares.

Mercado doméstico

No mercado interno o açúcar cristal fechou em alta nesta terça-feira, pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 140,01 contra R$ 139,04 de segunda-feira, valorização de 0,70% no comparativo entre os dias.

Etanol hidratado

Já o etanol hidratado fechou pelo segundo dia consecutivo em alta pelo Indicador Diário Paulínia. Ontem, o biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.305,50 o m³ contra R$ 2.294,00 o m³ praticado na segunda-feira, valorização de 0,50% no comparativo.

Rogerio Mian

Fonte: Agência UDOP de Notícias