Açúcar: contratos futuros fecham em baixa mesmo com anúncio de aperto na oferta mundial em 2024; Etanol também desvalorizou
08-11-2023
Os contratos futuros do açúcar fecharam em baixa nesta terça-feira (7) nas bolsas internacionais, depois de terem atingido o pico de 12 anos na ICE Futures de Nova York. Nem mesmo as previsões de que a oferta mundial da commodity continuará apertada em 2024 foi capaz de frear a baixa nas bolsas ontem.
"Os comerciantes disseram que o aperto na oferta deve continuar no próximo ano, já que um evento climático El Nino reduz a produção dos principais produtores asiáticos, como Índia e Tailândia", destacaram os analistas da Reuters.
Outro ponto que tem influenciado o mercado são os atrasos nas exportações do Brasil, "com os embarques em outubro totalizando apenas 2,88 milhões de toneladas métricas, abaixo dos 3,16 milhões do ano anterior", disseram.
Em Nova York o açúcar bruto foi contratado ontem, lote março/24, a 27,59 centavos de dólar por libra-peso, desvalorização de 36 pontos, ou 1,3% no comparativo com a véspera. Já a tela maio/24 caiu 34 pontos, negociada a 26,25 cts/lb. Os demais contratos recuaram entre 9 e 32 pontos.
Londres
Em Londres o açúcar branco também caiu em todos os lotes da ICE Futures Europe. O vencimento dezembro/23 foi contratado a US$ 752,40 a tonelada, desvalorização de 11 dólares no comparativo com a véspera. Já a tela março/24 caiu 8,30 dólares, contratada a US$ 743,90 a tonelada. Os demais contratos recuaram entre 4,20 e 6 dólares.
Mercado doméstico
No mercado interno a terça-feira foi de baixa também nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas ontem a R$ 156,15 contra R$ 156,75 de segunda-feira, desvalorização de 0,38% no comparativo.
Etanol hidratado
O etanol hidratado também fechou desvalorizado nesta terça-feira pelo Indicador Diário Paulínia. O biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.300,50 o m³ contra R$ 2.315,50 o m³ praticado no dia anterior, desvalorização de 0,65% no comparativo.
Rogerio Mian
Fonte: Agência UDOP de Notícias