Ainda sob pressão de superávit global, mercado futuro do açúcar inicia semana em baixa
20-05-2025

As expectativas de um superávit global de açúcar na atual temporada continuam pesando sobre os preços da commodity nos mercados futuros. Nesta segunda-feira (19) os contratos futuros de Nova York e Londres fecharam em baixa, mesmo após um início de sessão altista.

Segundo analistas da Reuters, “as perdas no mercado de açúcar foram limitadas nesta segunda-feira pela desvalorização do dólar. O índice da moeda caiu para uma mínima de uma semana, impulsionando o açúcar”.

Os operadores destacaram, também, que os sinais de uma maior produção global de açúcar são negativos para os preços. “Na última quarta-feira, 14, a consultoria Datagro projetou um superávit global de 1,53 milhão de toneladas da commodity para 2025/26, marcando uma recuperação após o déficit global de 4,67 milhões de toneladas em 2024/25”.

A perspectiva de chuvas acima da média na Índia, segundo maior produtor da commodity, também tem pressionado as cotações do açúcar, pois pode influenciar numa maior produção da commodity. “No entanto, a Associação das Usinas de Açúcar e Bioenergia da Índia (Isma, na sigla em inglês) informou que a produção de açúcar da Índia de 1º de outubro a 15 de maio foi de 25,74 milhões de toneladas, uma queda de 17% em relação ao mesmo período do ano passado”, disse à Reuters.

Nova York

Na ICE Futures de Nova York, a segunda-feira (19) foi de baixa em todos os lotes do açúcar bruto. O contrato julho/25 foi comercializado a 17,52 centavos de dólar por libra-peso, queda de 15 pontos no comparativo com os preços de sexta-feira. Já a tela outubro/25 recuou 14 pontos, contratada a 17,69 cts/lb. Os demais contratos recuaram entre 13 e 15 pontos.

Londres

Na ICE Futures Europe, de Londres, a segunda-feira também viu todas as telas do açúcar branco fecharem desvalorizadas ontem. O vencimento agosto/25 foi contratado a US$ 490,10 a tonelada, recuo de 2,90 dólares no comparativo com os preços da sessão anterior. Já a tela outubro/25 caiu 2,50 dólares, contratada a US$ 486,80 a tonelada. Os demais lotes recuaram entre 1,60 e 2 dólares.

Mercado doméstico

No mercado interno a segunda-feira (19) foi marcada pela nona queda consecutiva nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 134,94 contra R$ 136,94 de sexta-feira, desvalorização de 1,46% no comparativo. No acumulado de maio o Indicador está 6,24% desvalorizado.

Etanol hidratado

Já o etanol hidratado iniciou a semana em alta pelo Indicador Diário Paulínia. Ontem, o biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.810,50 o m³, contra R$ 2.807,50 o m³ praticado na sexta-feira, valorização de 0,11% no comparativo.

Fonte: Agência UDOP de Notícias