Ao apoiar o Acordo do Clima de Paris, China terá de investir em energia renovável
29-09-2016

Uma ótima oportunidade para o nosso etanol

A sinalização dada pelo presidente da China, Xi Jinping, durante reunião da Cúpula do G20 (grupo das 19 maiores economias do mundo + a União Europeia), realizada nos dias 04 e 05 de setembro em Hangzou, na China,de que irá ratificar o Acordo do Clima de Paris, contribui para o avançou em questões-chave para combater as alterações climáticas.

Li Shuo, Consultora Sênior de Políticas Climáticas (Clima & Oceano), Greenpeace Ásia Oriental, salienta que o resultado do G20 fortalece a liderança climática da China. “Com um forte apelo pela rápida ratificação e um anúncio sino-norte-americano conjunto antes do G20, a China fez a lição de casa corretamente, como presidente do G20. Isso torna a rápida entrada em vigor do Acordo de Paris - uma tarefa inconcebível há apenas alguns meses – quase uma realidade. O ritmo e a durabilidade do novo regime climático serão reforçados como consequência.”

Mas a consultora ressalta que, agora, a China terá de equiparar seu esforço político com novas medidas. “O declínio constante do consumo de carvão e o crescimento robusto das energias renováveis são passos na direção certa, mas as negociações sobre os processos do Protocolo de Montreal e do ICAO, e discussões sobre equacionar o gap de ambição com o aumento das metas climáticas, serão verdadeiros testes à frente. "

O diretor Técnico da Antonio de Padua Rodrigues, ressalta a importância de se estreitar o relacionamento entre Brasil e China não apenas para incrementar o comércio entre as duas nações, como para promover o desenvolvimento sustentável no maior país emissor de gases de efeito estufa do planeta.

Segundo o executivo, a ratificação chinesa poderá abrir oportunidade ao Brasil no mercado chinês de energias renováveis. “Visto que a China anunciou a aprovação do acordo global sobre o clima, podemos buscar mais espaço para o etanol de cana. Tendo a matriz energética muito dependente do carvão e petróleo, os chineses terão que fazer um enorme esforço, nos próximos quinze anos, para diversificar fontes de energia limpa”, avalia o diretor da Unica, lembrando o potencial do produto brasileiro de reduzir em até 90% a emissão de CO2 em relação à gasolina e até 80% em comparação ao diesel.

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