Aplicação pós-colheita de adubo e óxido faz bem para a soqueira de cana
09-06-2021
Equipamento, desenvolvido pela DMB, possibilita incorporação de NPK e distribuição de cálcio e magnésio de maneira superficial
Com a aceleração da colheita mecanizada de cana crua, usinas e produtores devem agilizar a adoção de práticas, que possam criar condições favoráveis para o desenvolvimento das soqueiras. Entre essas medidas, destaca-se a aplicação de adubo em profundidade e de óxido – que é fonte de cálcio e magnésio –, de maneira superficial.
A utilização de óxido nas soqueiras é mais voltada à nutrição da planta do que a correção do solo. “O cálcio gera benefícios para o desenvolvimento do sistema radicular, que é renovado nessa fase da cultura. O magnésio ajuda na brotação, porque age na molécula da fotossíntese”, resume o engenheiro agrônomo Auro Pardinho, gerente de marketing da DMB Máquinas e Implementos Agrícolas.
Segundo ele, o cálcio é indispensável para a formação da parede celular e o magnésio é o elemento central da clorofila. Com a utilização desses dois nutrientes, obtém-se uma planta bem desenvolvida, com boa folhagem e coloração verde marcante – enfatiza. Cálcio e magnésio melhoram a absorção do fósforo pela planta, que fica parcialmente retido no solo após a aplicação de NPK na área de cana.
Aliás, a utilização de nitrogênio, fósforo e potássio é outro fator a ser considerado na adubação de soqueira. “A usina ou o produtor pode optar pelo uso de NPK ou de NK – às vezes, não é preciso aplicar fósforo –, dependendo da necessidade de cada área”, observa o gerente de marketing.
Com a aplicação do adubo em profundidade, é possível utilizar a ureia como fonte nitrogenada, que é mais barata e mais fácil de ser encontrada do que o nitrato de amônio. A incorporação do adubo possibilita a utilização da ureia, pois não ocorre, neste caso, perda por volatilização. Quando a aplicação de adubo é feita sobre a palha, a fonte nitrogenada precisa ser obrigatoriamente nitrato de amônio, que não tem problemas de degradação por causa das condições climáticas.
Para viabilizar a aplicação de adubo em profundidade e óxido de maneira superficial, é preciso contar com um equipamento eficiente, que otimize essas operações. Visando o atendimento das demandas para a adubação de soqueiras, a DMB desenvolveu o “Distribuidor de Adubo em Profundidade e Óxido Superficial”, que enterra o adubo e simultaneamente aplica óxido em superfície, em três linhas de cana.
Com alto desempenho operacional, o implemento possui caixas separadas para os dois insumos. No caso de aplicação de NPK – ou de seus componentes –, o Distribuidor de Adubo e Óxido corta a palha e deposita o fertilizante exatamente onde cresce o sistema radicular da cana. Para a distribuição de óxido na área de cana, o equipamento faz a aplicação somente em superfície com uniformidade e eficiência, possibilitando o máximo aproveitamento do produto.
Fonte: CanaOnline

