Aposta no MPB é uma das iniciativas da Clealco para aumentar a produtividade

31-10-2016

Na safra 2016/17, a produtividade agrícola na Clealco deverá fechar por volta de 72 t/ha, pouco abaixo das 76 t/ha da estimativa de início de safra. Um patamar razoável em relação às características do ambiente de produção da empresa.

Cassio Paggiaro, diretor agrícola da Clealco, relata que houve redução no percentual da taxa de reforma dos canaviais. “A consequência foi o envelhecimento do canavial e diminuição natural da produtividade agrícola. Além disso, temos realizado o básico em termos de tratamento de soqueira, o suficiente para manter um estande interessante.”
O envelhecimento médio dos canaviais também decorre de algumas aquisições realizadas nos últimos anos. “A Clealco fez o último negócio de compra de usina no setor no final de 2013, com a aquisição da antiga usina Campestre, em Penápolis. Assumimos muitas áreas degradadas. No ano passado assumimos também uma área grande de fornecedores de cana que deixaram o negócio, em torno de 15 mil ha. Essa incorporação trouxe um pouco de acréscimo na idade média do canavial”, explica Paggiaro.
Mas a expectativa agora é aumentar os níveis de investimento no canavial e elevar a idade média da lavoura. Animada com a melhora da rentabilidade do setor, a empresa já diagnosticou algumas áreas sensíveis e está definindo as práticas que serão adotadas. A ideia, a partir de agora, é retomar os investimentos e fazer tudo o que manda o figurino para melhorar a produtividade do canavial.
Uma das ações que estão no radar da empresa e visam elevar a produtividade com o tempo é o plantio de cana com Mudas Pré-brotadas (MPB). “Temos já iniciativas com empresas que desenvolvem o MPB comercialmente e nesse ano começamos a formação de mudas própria, o que é algo ainda bem inicial. Inclusive vamos fazer um primeiro plantio de Meiosi, com uma cana-de-ano plantada em Meiosi.” Como cultura intercalar, a Clealco vai utilizar a crotalária.
“As experiências que tivemos com MPB são positivas, embora tenhamos que trabalhar muito o custo dessa tecnologia. Inicialmente estamos usando o sistema para multiplicação rápida de novos materiais, o que tem dado um ótimo retorno”, conclui o diretor da empresa.

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