Assepsia melhora a eficiência da fermentação
23-06-2015
Para elevar a eficiência no processo de fermentação etanólica, boa assepsia, tubulações adequadas e ritmo na alimentação do mosto são procedimentos que devem ser adotados. Importantes iniciativas para que seja evitada a contaminação por bactérias durante a fermentação, além das temperaturas de aquecimento que devem ter o mínimo de variação.
A preocupação com a qualidade da matéria-prima é outro fator fundamental para assegurar a obtenção de resultados positivos. As impurezas minerais têm um impacto grande, pois cada quilo de terra por tonelada de cana reduz a eficiência industrial.
A assepsia, a qualidade da matéria-prima e a utilização de levedura adequada para a fermentação são fundamentais para impedir que as leveduras selvagens tornem-se predominantes. O uso de levedura de pão no início da safra, misturada com as leveduras industriais, aumenta o risco da ocorrência de mudança para as selvagens.
Vale destacar que leveduras selecionadas, que têm um poder de predominância grande, não apresentam o mesmo problema de floculação das selvagens, fazem pouca espuma e ainda possuem alta conversão de açúcar em álcool, deixando um residual baixo no final da fermentação. Portanto, sua vantagem não é somente na eficiência, mas também no gasto com insumos.
A qualidade da matéria-prima, o predomínio da levedura mais produtiva e a estabilização do processo são três fatores que devem ser considerados para a obtenção de bons resultados no processo de fermentação etanólica. A falta de padronização em diversas etapas da produção impede que as leveduras selvagens sejam totalmente afastadas do processo ou mesmo que seja evitada a contaminação bacteriana. Tubulações de aço carbono, a condução do tratamento de caldo e a questão da assepsia interferem nos resultados.
CONTAMINAÇÃO x ESTERILIZAÇÃO
As tubulações, utilizadas nas plantas industriais de unidades produtoras, nem sempre são sanitárias.
As junções não são totalmente vedadas, favorecendo a entrada de microorganismos.
Não facilitam a limpeza.
Não adianta aquecer o mosto, pois quando ocorre o resfriamento, há a recontaminação.
O mosto não passa por um processo de esterilização.
Nessa situação, microorganismos “encapsulados” e leveduras selvagens sempre avançam no processo.
Para o controle da contaminação bacteriana, o uso de insumos deve ocorrer quando não se consegue manter o controle do sistema. Nesse caso, vale a utilização de insumos alternativos aos antibióticos convencionais, como produtos sanitizantes ou mesmo bactericidas naturais fabricados à base de lúpulo e outros compostos.
A indicação de uso desses produtos não ocorre por acaso. Diversas unidades produtoras comercializam levedura seca que é utilizada na fabricação de produtos voltados à alimentação animal ou humana. Mas, para isto, não pode haver resíduo de antibiótico na levedura após a secagem.
EFICIÊNCIA
A melhoria da eficiência da fermentação pode ser obtida com a estabilização das condições de operação, trabalhando-se com a mesma temperatura, pH, tempo de enchimento da dorna, entre outros itens.
As unidades produtoras de etanol devem fazer a medição do rendimento do processo fermentativo com precisão. A partir disso, é possível ter uma avaliação real do desempenho da fermentação visando a obtenção de melhores resultados.
A implantação de um sistema de controle eficaz é medida importante para a padronização do processo. Algumas unidades realizam as operações de maneira automatizada. Outras utilizam o programa, que faz a simulação com precisão, mas executam as operações manualmente.
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