Associcana fecha parceria com o IAC para alavancar produtividade dos canaviais da região de Jaú
25-01-2018
Leonardo Ruiz
A Associação dos Produtores de Cana da Região de Jaú (Associcana) é uma das mais importantes entidades representativas do segmento no Estado de São Paulo. Juntos, os mais de 1200 produtores associados detêm uma área de cerca de 55 mil hectares de cana-de-açúcar. Mas, nos últimos anos, a crise instaurada no setor sucroenergético nacional atingiu profundamente os agricultores da região.
Unidades agroindustriais interromperam as atividades, outras entraram em recuperação judicial. Com isso, uma remuneração cada vez menor chegava ao bolso do produtor. Sem renda, investimentos foram sendo cortados. Reformas abaixo do índice adequado. Tratos negligenciados. Resultado: redução de 10% em produtividade (Toneladas de Cana por Hectare – TCH) e 20% em ATR (Açúcar Total Recuperável).
Temeroso de que muitos produtores poderiam abandonar a atividade diante desse cenário, o presidente da Associcana, Eduardo Vasconcellos Romão, foi buscar, junto ao Centro de Cana do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), uma solução que pudesse devolver sustentabilidade para a produção. Em mente, tinha um projeto conduzido alguns anos antes na região de Guariba - sede da Socicana (Associação dos Fornecedores de Cana de Guariba) - e que havia proporcionado excelentes resultados aos produtores locais.
Chamado de “+Cana”, o programa iniciado em março de 2015 teve como objetivo promover a sustentabilidade da lavoura canavieira através da introdução de um novo sistema de plantio com o uso de Mudas Pré-Brotadas (MPBs). O projeto visou ainda a capacitação dos produtores quanto ao acesso a variedades mais modernas e condizentes a seus ambientes de produção.
“O projeto obteve um retorno acima do esperado. Hoje, 60% de toda a cana plantada dentro da Socicana já é feita com MPB. Esse fato me estimulou a buscar algo parecido para nossa associação”, afirma Eduardo Romão.
Entretanto, o mesmo modelo do “+Cana” não poderia ser aplicado a Associcana, já que a associação de Jaú é relativamente menor em produção do que a de Guariba. “Precisávamos de um projeto que aumentasse a produtividade sem que os custos subissem na mesma ordem. O orçamento não poderia ser alterado, apenas a forma de utilizá-lo é que poderia mudar.”
Após inúmeras conversas entre Eduardo Romão e os pesquisadores do Centro de Cana do IAC, Marcos Landell e Mauro Alexandre Xavier, foi proposto um modelo de projeto que se encaixaria perfeitamente na realidade da Associcana. “A partir daí, começamos um trabalho de sensibilização dos produtores canavieiros, os principais atores do programa.”
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