Atvos considera investir R$ 2 bi em etanol de milho em Mato Grosso do Sul
22-09-2025
Projetos estão em fase de estudos de engenharia, segundo a empresa
Por Camila Souza Ramos — São Paulo
A Atvos pretende investir na construção de duas usinas de etanol de milho em Mato Grosso do Sul, afirmou o governador do Estado, Eduardo Riedel, ao jornal “Correio do Estado”. Os investimentos podem chegar a R$ 2 bilhões.
Procurada, a Atvos não confirmou que os investimentos estão garantidos, mas disse que está com os estudos em andamento. “A Atvos confirma que está desenvolvendo estudos de engenharia para produção de etanol de milho em sinergia com duas de suas operações em Mato Grosso do Sul”, afirmou a empresa ao Valor, em nota.
Segundo o governador, a companhia, controlada pelo fundo árabe Mubadala, tem o plano de investir R$ 1 bilhão em cada usina de etanol de milho. As plantas deverão ser construídas em locais anexos às usinas de cana Santa Luzia, em Nova Alvorada do Sul (MS), e Costa Rica, em município homônimo.
Cada planta deverá ter capacidade para processar 534 mil toneladas de milho e produzir 250 milhões de litros de etanol de milho por safra. Será possível expandir as plantas no futuro.
Biometano
A Atvos já tem outro projeto em curso no Estado, a construção de uma planta de biometano anexa à Usina Santa Luzia. O aporte na unidade será de R$ 360 milhões, e a capacidade de produção será de 28 milhões de metros cúbicos por safra. A licença para a construção da panta saiu em março.
Riedel disse ainda que, inicialmente, a produção de biometano da Atvos deverá atender a demanda própria da empresa. Depois ela poderia abastecer o mercado local, aproveitando a expansão da rede da distribuidora MS Gás.
Perfil
Hoje, a Atvos tem oito usinas de cana-de-açúcar em operação no Centro-Sul, das quais três estão em Mato Grosso do Sul.
No ano passado, já sob o controle do fundo árabe, a companhia anunciou que pretende investir R$ 10 bilhões em novos negócios, como biometano, etanol de milho e combustível sustentável de aviação (SAF), mas não especificou na ocasião quais eram os projetos nem em que prazo ela fariam os desembolsos.
Fonte: Globo Rural

