Aumento no etanol e gasolina contrasta com queda no diesel
14-11-2024

Estudo detalha variações de preços ao longo do ano e revela impacto regional no consumo de combustíveis

Nos últimos 12 meses, o mercado de combustíveis tem mostrado comportamentos distintos entre os produtos: enquanto etanol e gasolina apresentaram alta nos preços, o diesel registrou queda. O etanol subiu 11,5% e a gasolina aditivada 6,3%, destacando-se como os maiores aumentos no período.

Em contrapartida, o diesel S-10 e o diesel comum tiveram quedas de 2,5% e 1,8%, respectivamente. Esses dados refletem a dinâmica de mercado e como ela influencia diretamente o custo para os consumidores, conforme apontado pelo Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, desenvolvido em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Em outubro de 2024, as variações de preço foram mais discretas. A média nacional apontou a gasolina comum a R$ 6,193, enquanto a gasolina aditivada ficou em R$ 6,328. O etanol teve um valor médio de R$ 4,111 e o GNV foi comercializado a R$ 4,763. Os preços do diesel comum e do diesel S-10 atingiram R$ 6,072 e R$ 6,128, respectivamente. Comparado ao mês anterior, as variações foram pequenas: o diesel S-10 e a gasolina aditivada subiram 0,2%, enquanto o etanol e o GNV caíram 0,6% e 0,4%, respectivamente.

A análise regional mostrou que a gasolina atingiu os preços mais altos nas regiões Norte, a R$ 6,641, e Nordeste, a R$ 6,237, enquanto as regiões Sudeste e Sul registraram os preços mais baixos, com R$ 6,100 e R$ 6,167, respectivamente. O Norte teve o maior aumento médio (+0,7%), seguido pelo Centro-Oeste (+0,6%) e o Sul (+0,4%).

Já o etanol apresentou as maiores médias no Norte, a R$ 4,958, e no Nordeste, a R$ 4,614. Os menores preços foram no Sudeste, com R$ 4,034, e no Centro-Oeste, com R$ 4,039. A variação média foi influenciada pela queda nos preços no Nordeste (-2,2%), Centro-Oeste (-0,6%) e Sudeste (-0,5%).

Quanto ao diesel S-10, o preço mais elevado foi registrado no Norte (R$ 6,442) e no Centro-Oeste (R$ 6,257), enquanto os menores valores foram observados no Sul (R$ 6,014) e no Nordeste (R$ 6,053). O Norte também liderou a variação positiva, com alta de 0,9%.

O Indicador de Custo-Benefício Flex, que calcula a relação entre os preços do etanol hidratado e da gasolina comum, permaneceu estável em outubro, com a média das capitais alcançando 70,3%. No entanto, variações regionais fazem com que essa relação mude de acordo com a unidade federativa. Em estados como Ceará, Maranhão, Pará e Rio Grande do Sul, a gasolina é mais vantajosa, enquanto no Mato Grosso, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás, o etanol ainda prevalece como a opção preferida para abastecimento.

Esses resultados evidenciam como as disparidades de preço entre regiões influenciam as escolhas de consumo dos motoristas, que ajustam suas preferências conforme a relação de custo-benefício em cada localidade.