BP Bunge Bioenergia adota a agricultura regenerativa e tem ganhos de produtividade nos canaviais
Um dos temas debatidos na 2ª Reunião Canaplan de 2023, realizada em 19 de outubro, em Ribeirão Preto, SP, foi: Nutrição e Biodinâmica dos Solos. Entre os palestrantes desse painel estava Rogério Augusto Bremm Soares, Diretor agrícola na BP Bunge Bioenergia.
Bremm destacou que a BP Bunge Bioenergia vem utilizando práticas agrícolas e soluções de gestão do campo que ampliam a produtividade e minimizam os impactos negativos ao meio ambiente. Como reduzir a aplicação de defensivos químicos, qualificar o controle biológico e promover e eliminar, no plantio, o uso de fertilizantes minerais até 2025, valorizando a vinhaça e a compostagem na nutrição do solo.
Dos 300 mil hectares próprios da BP Bunge Bioenergia, cerca de 80% já contam com a utilização da vinhaça, capaz de expandir a longevidade do canavial em dois anos e trazer ganhos de produtividade entre três e dez toneladas por hectare. “Os resultados são animadores e projetamos até 2025 elevar essa aplicação para 96% das lavouras”, contou Bremm.
Na safra 2022/23, a BP Bunge Bioenergia conseguiu substituir o uso de fertilizantes nitrogenados em 100% da área de plantio, ampliando a presença da bactéria Nitrospirillum amazonense. A solução colabora com a fixação de nitrogênio e o desenvolvimento da cana, incrementando a produtividade nos campos. Além disso, em 100% das áreas de soqueira é utilizada a bactéria Azospirillum brasilense, bioestimulante que inibe estresses nutricionais e doenças e limita impactos climáticos. Tal prática já oportunizou, por exemplo, a diminuição de 50% das doses de nitrogênio.
O uso da compostagem melhorou a condição do solo e os canaviais da empresa apresentaram aumento de produtividade entre 10 a 15 toneladas por hectare. No último ano safra, a BP Bunge Bioenergia começou a padronização dos pátios de compostagem para mistura de torta de filtro (oriunda da filtração do caldo da cana) e das cinzas do bagaço (derivadas da queima para geração de bioenergia) – até 2025, a meta é produzir fertilizantes organominerais a partir dessas matérias orgânicas e eliminar, no plantio, o uso de fertilizantes minerais, como o fósforo e o potássio.
Breem observou que, outro eixo significativo na busca pela excelência no manejo agrícola é o controle biológico de pragas. “Em nossas 11 usinas, utilizamos drones/vants, entre outras tecnologias, para fazer a distribuição das larvas da vespa Cotesia flavipes nos canaviais, visando o combate da broca (larva que causa grandes perdas de produtividade nas lavouras). Já no enfrentamento à cigarrinha e ao Sphenophorus levis (bicudo da cana-de-açúcar), a empresa utiliza, respectivamente, o fungo Metarhizium Anisopliae e a tecnologia dos nematoides entomopatogênicos (Heterorhabditis bacteriophora), onde ela é pioneira e conta com ótimos resultados.”
Segundo o Diretor Agrícola, uma das 11 unidades da BP Bunge Bioenergia, seguirá totalmente a prática de Agricultura regenerativa, com uso 100% de bioinsumos. Confira no vídeo: os resultados da BP Bunge Bioenergia com a prática da Agricultura regenerativa