Brasil conquista novo mercado para exportação de mudas de cana-de-açúcar “in vitro” à Guatemala
11-08-2025

Negociação fitossanitária fortalece a presença do agro brasileiro na América Central, amplia oportunidades em biotecnologia e eleva número de aberturas comerciais para 399 desde 2023
O agronegócio brasileiro alcançou mais um marco em sua agenda internacional com a conclusão da negociação fitossanitária que autoriza a exportação de mudas “in vitro” de cana-de-açúcar para a Guatemala. O acordo, firmado entre o governo brasileiro e o governo guatemalteco, representa não apenas uma nova frente comercial, mas também um avanço estratégico para setores ligados à pesquisa, inovação e tecnologia agrícola.
A exportação dessas mudas carrega alto valor agregado, fruto de investimento em pesquisa científica e desenvolvimento biotecnológico. A abertura de mercado cria espaço para novas parcerias comerciais, abrangendo desde o fornecimento de material genético de qualidade até consultoria técnica especializada e assistência em processos produtivos.
Em 2024, as exportações brasileiras para a Guatemala totalizaram US$ 249 milhões em produtos agropecuários. Entre os principais itens comercializados, destacam-se cereais, sementes de oleaginosas (exceto soja) e produtos florestais. Com essa nova autorização, o Brasil amplia sua diversificação no portfólio de exportações, reforçando a competitividade no mercado guatemalteco e abrindo caminho para fortalecer o intercâmbio tecnológico entre os dois países.
O anúncio também consolida um desempenho expressivo da diplomacia econômica brasileira. Desde o início de 2023, foram abertas 399 oportunidades comerciais internacionais para produtos do agronegócio, resultado direto da atuação coordenada entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Segundo analistas, a medida pode contribuir para a expansão de práticas agrícolas mais modernas na Guatemala, aproveitando o know-how brasileiro em variedades de cana mais produtivas e resistentes. Além disso, empresas brasileiras especializadas em melhoramento genético e tecnologias de cultivo veem nesse acordo a chance de ampliar sua presença internacional e gerar novas receitas.
Com essa iniciativa, o Brasil reforça sua posição como referência global em tecnologia canavieira e consolida a diplomacia agropecuária como ferramenta-chave para impulsionar o crescimento econômico e fortalecer relações comerciais estratégicas.