Brasil e Austrália firmam parceria de troca de variedades RB
11-02-2015
A convite da Ridesa, pesquisador australiano conhece um pouco do setor sucroenergético brasileiro
Nesta semana, Robert Magarey, fitopatologista da SRA (Sugar Research Australia), principal órgão de pesquisa de variedades de cana australiano, veio a Araras, SP, ministrar palestra sobre doenças e pragas que atingem a cana-de-açúcar.
A convite do PMGCA (Programa de Melhoramento Genético de Cana-de-açúcar) da Ridesa/UfSCar (Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético da Universidade Federal de São Carlos), Magarey está conhecendo um pouco da cadeia da cana-de-açúcar brasileira. Acompanhado pelo pesquisador Danilo Cursi, Magarey conheceu as instalações do PMGCA, situado no campus da UfSCar de Araras, incluindo o laboratório de melhoramento genético.
O pesquisador australiano também conheceu o Centro de Cana do IAC (Instituto Agronômico), em Ribeirão Preto, a sede da CanaOeste, em Sertãozinho, e visitou uma usina de cana-de-açúcar. “Eu já tinha conhecimento do tamanho da indústria canavieira do Brasil, que é dez vezes maior do que a australiana, mas fiquei impressionado”, confidencia.
INTERCÂMBIO CIENTÍFICO – Com a presença de Magarey no Brasil, a Ridesa/UfSCar aproveita para divulgar um contrato que firmou com o centro de pesquisa australiano de cana-de-açúcar para troca de variedades.
O acordo prevê que a Ridesa UfSCar vai receber 50 variedades australianas, e a instituição brasileira enviará outros 50 materiais para a Austrália, com a finalidade de utilização somente para fins de pesquisa e cruzamento de variedades de cana.
Pelo contrato, serão trocadas 10 variedades por ano, ao longo de cinco anos. A primeira remessa de materiais RB embarcam para a Oceania já em março de 2015, e a Ridesa/UfSCar receberá as primeiras 10 variedades australianas em setembro deste ano.
Segundo Danilo Cursi, no primeiro grupo de materiais RB que vai para a Austrália estão, por exemplo, a RB 935744, a RB 855536, a RB 855156 e RB 855113, entre outras, todas desenvolvidas pela Ridesa/UfScar.
Nos próximos anos, serão englobadas no intercâmbio com a Austrália variedades RB desenvolvidas por todos os programas de pesquisa que compõe a Ridesa.
Para Magarey, este tipo de intercâmbio é muito importante para o trabalho de melhoramento genético. “É como se estivéssemos trocando genes. Genes de interesse que existem no Brasil conseguimos utilizar em pesquisas na Austrália e vice-versa. O objetivo é conseguir melhorar cada vez mais as variedades de cana disponíveis no país, utilizando características importantes de materiais que veem de outra região do mundo que também produz cana-de-açúcar.”
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