Café e cacau têm forte alta em Nova York; açúcar e algodão também sobem
05-03-2025
A quarta-feira começa com todos os papéis agrícolas em alta, na bolsa de Nova York, com destaque para o cacau, que sobe mais de 3%, a US$ 8.657 a tonelada.
Por Fernanda Pressinott — São Paulo
Segundo a consultoria americana Trading Economics, as negociações refletem as informações sobre a safra da África Ocidental, em especial no maior produtor, a Costa do Marfim.
Na região, os produtores de cacau reclamam da falta de chuvas, um quadro que alimenta dúvidas sobre o volume da oferta. Segundo os cálculos da consultoria, a cotação da amêndoa recuou 28,95%, ou o equivalente a US$ 3.330 por tonelada, desde o início de 2025. Os dados têm como base negociações em um contrato por diferença (CFD) que acompanha o mercado de referência para essa commodity. O cacau atingiu sua maior cotação na história (US$ 12.906 por tonelada) em dezembro do ano passado.
O café arábica, por sua vez, tem alta de 2,7%, com os lotes de volta aos US$ 4 a libra-peso. A valorização tem influência do desempenho do café robusta na bolsa de Londres e do fato de os estoques globais estarem limitados.
Enquanto isso, os contratos do açúcar com entrega para maio sobem 1,7%, a 18,05 centavos de dólar por libra-peso .
A previsão da trading Czarnikow de que a produção de açúcar do Brasil na safra 2025/26 chegará a 43,6 milhões de toneladas, um recorde adicionou pressão, sobre os preçosnos últimos dias. Para a empresa, a produção de açúcar está mais lucrativa do que a de etanol.
Desde o início do ano, o açúcar demerara já acumula queda de 6,23%, ou o equivalente a 1,20 centavo por libra-peso. O cálculo, da Trading Economics, baseia-se em negociações em um contrato por diferença (CFD) que acompanha o mercado de referência para essa commodity.
Por fim, os papéis de algodão para maio recuam 0,6%, a 63,62 centavos de dólar a libra-peso.
Fonte: Globo Rural

