Caminho Verde Brasil é apresentado como exemplo de agricultura regenerativa na COP 30
12-11-2025

Programa foi destacado durante o Fórum Planeta Campo como iniciativa que alia mitigação climática, recuperação de áreas e aumento de produtividade

O fortalecimento da agricultura regenerativa e o papel do Brasil na liderança de práticas sustentáveis foram temas centrais do Fórum Planeta Campo Especial COP 30 e da 4ª Edição do Prêmio Planeta Campo, realizados nesta terça-feira (11), em Belém - PA. Durante o encontro, o programa Caminho Verde Brasil foi apresentado como uma das principais estratégias nacionais para unir mitigação das mudanças climáticas e crescimento da produtividade agrícola.

Representando o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o diretor do Departamento de Produção Sustentável e Irrigação da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Bruno Brasil, destacou que o país tem potencial para liderar a transição rumo a sistemas produtivos de baixo carbono e regeneração ambiental.

“O Caminho Verde Brasil nasce da base sólida do Plano ABC, que entre 2010 e 2020 recuperou 26,8 milhões de hectares. Agora, o desafio é ainda maior: restaurar 40 milhões de hectares em dez anos, integrando paisagens produtivas e regenerativas, conciliando mitigação climática e aumento de produtividade”, explicou o diretor.

Bruno Brasil também ressaltou que a agricultura regenerativa tropical pode ser decisiva para a segurança alimentar global, ao mesmo tempo em que contribui para a estabilidade econômica e ambiental.

“Como destacou o embaixador Roberto Rodrigues, a agricultura regenerativa é um pilar da segurança alimentar mundial e, portanto, da paz global. O Brasil tem condições de ser referência internacional nesse modelo de produção sustentável”, afirmou.

O fórum integrou a programação da AgriZone, espaço organizado pela CNA/Senar durante a COP 30, voltado à promoção da agricultura sustentável, da inovação tecnológica e do diálogo entre produtores e formuladores de políticas públicas.

Com iniciativas como o Caminho Verde Brasil, o Mapa reforça seu compromisso com a transição agroambiental, unindo recuperação de áreas degradadas, aumento de eficiência produtiva e redução das emissões de carbono no campo.