Canaoeste é a primeira entidade de fornecedores de cana a contar com o Harpia
01-12-2014
Em agosto de 2013, a BASF firmou parceria com a Associação dos Plantadores de Cana do Oeste Paulista (Canaoeste), disponibilizando à entidade o sistema Harpia que com o auxílio de satélites colhe imagens do canavial, que são convertidas em um mapa georreferenciado, oferecendo informações de toda a área analisada, de forma ampla e completa, permitindo um monitoramento mais eficiente dos canaviais.
O serviço possibilita quantificar as áreas com falhas e, sem a presença de plantas, auxiliando nas estratégias para manejos futuros, na melhoria do gerenciamento do uso de fertilizantes, defensivos agrícolas, de mão de obra e dos insumos em geral. Gustavo Nogueira, gerente técnico da entidade e Alessandra Durigan, gestora técnica, contam que, na época, trabalhavam para montar uma equipe de técnicos para o levantamento e monitoramento de pragas e a parceria com a BASF facilitou a implantação e viabilizou o trabalho da equipe, que foi bem treinada pela multinacional.
O monitoramento iniciou em setembro de 2013 e terminou em junho de 2014, foram mapeados 29 mil hectares, contemplando 200 produtores (pequenos, médios e grandes) em mais de 50 municípios das 12 sedes da Canaoeste. Os mapas apresentados indicavam os pontos de baixa ou ausência de biomassa, a equipe, munida com GPS, se deslocava até essas áreas (normalmente acompanhada do produtor), realizava a coleta das amostras e depois os produtores recebiam o diagnóstico da razão da falta de biomassa, se fosse praga, havia a identificação e a orientação para o controle, pois no caso da Canaoeste o objetivo do monitoramento era controle de pragas.
Gustavo salienta que a tecnologia oferece ganho de tempo, redução de custos e uso racional de insumos, pois identifica quais as áreas problemas no talhão e, com isso, o produtor só aplica defensivo no local indicado. Alessandra diz que a economia começa na amostragem para identificação da praga, e deu como exemplo uma área de um produtor com 42 hectares, mas que o Harpia mostrou que o problema estava em 17 hectares. A recomendação é fazer duas trincheiras por hectare, com a utilização do Harpia, as trincheiras foram feitas apenas nas áreas indicadas.
“O sistema é muito assertivo. Se indica que há baixo índice de biomassa, pode-se conferir o que realmente está promovendo aquele sintoma. Uma vez detectada a área, define-se o problema e a solução”, diz Gustavo. Mesmo sem o uso do Harpia, a equipe de monitoramento de pragas continua em ação e há planos para a formação de novas equipes, pois a demanda é grande pelo serviço prestado.
O resultado do emprego da tecnologia foi muito bem aceito pelo pessoal da Canaoeste. Para eles, foi a oportunidade de oferecer aos associados uma ferramenta muito importante e valiosa, focada no aumento de produtividade agrícola, redução de custos de produção e ambientalmente correta.
A entidade anseia por renovar a parceria com a BASF, permitindo a volta do Harpia e que, dessa vez, o mapeamento seja realizado nos 150 mil hectares de abrangência dos associados. Eles conheceram os benefícios do Harpia, a tecnologia que vê o canavial por cima e aponta onde estão as falhas, encurtando caminho para que o setor sucroenergético se torne competitivo.