CEA-IAC e Fundação Coopercitrus, em parceria, se mobilizam para promover uso correto de drones em diferentes cultivos
28-04-2025
Cada vez mais comum no Brasil, tratamento de lavouras pelo emprego do equipamento ganhou um Fórum de Pesquisas para expansão da tecnologia
Uma das referências na América Latina no desenvolvimento de tecnologia de aplicação de agroquímicos, o Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), firmou no ano passado uma parceria com a Fundação Coopercitrus Credicitrus. A cooperativa sediada em Bebedouro e o órgão, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, iniciaram uma mobilização para promover o uso correto de drones nas aplicações de defensivos agrícolas.
Lançado durante a Agrishow de 2024, o programa Drones SP busca, por meio de parcerias, intensificar a pesquisa e a transferência da tecnologia a cultivos de pequeno porte, como a hortifruticultura e também às chamadas culturas de valor agregado, entre estas soja e milho. Agora, como uma estratégia para intensificar a adesão de empresas parceiras ao projeto, CEA-IAC e Fundação Coopercitrus Credicitrus anunciam a criação do Fórum de Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologia de Aplicação com Drones.
“Trata-se de uma iniciativa focada no desenvolvimento da tecnologia. Independentemente do tamanho da propriedade do produtor, nosso objetivo é fazer com que ele passe a utilizar o equipamento ciente dos benefícios e até mesmo das limitações dessa prática”, resume Hamilton Ramos, coordenador do programa e diretor do CEA-IAC.
Por meio da parceria com a Fundação Coopercitrus Credicitrus, diz Ramos, o programa Drones SP já chegou a áreas produtivas do Circuito das Frutas, na região de Jundiaí SP e se estenderá a propriedades de cooperados da Coopercitrus nas culturas de soja, milho, citros e cana-de-açúcar.
Hamilton Ramos
Como o uso de drones nas pulverizações ainda constitui uma tecnologia nova, o pesquisador entende ser necessário ampliar as pesquisas básicas e o treinamento de produtores “para tirar o melhor resultado quanto à eficácia do equipamento no controle de pragas, doenças e plantas daninhas”. “Por outro lado, o agricultor precisa conhecer atuais benefícios e limitações do equipamento em certas condições. Drone ainda não resolve tudo, embora seja promissor e potencialmente evolutivo.”
Fórum de Pesquisas e grandes companhias
No mês passado, informa Ramos, um encontro envolvendo grandes companhias das áreas de máquinas agrícolas e agroquímicos ocorreu na paulista Jundiaí, onde fica a sede do CEA-IAC. O objetivo foi apresentar o Fórum de Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologia de Aplicação com Drones a novas empresas parceiras.
“Pelas diretrizes do Fórum, a partir de agora a coordenação técnica e os ensaios de laboratório do Drones SP serão conduzidos pelo IAC, enquanto as avaliações de campo sobre plantios e culturas agregados ao programa estarão a cargo da estação experimental da Coopercitrus Credicitrus, em Bebedouro (SP)”, adianta Ramos.
Sob a perspectiva do Fórum, ele acrescenta, há expectativa de colher novos resultados, relevantes, não necessariamente vinculados a marcas de drones ou de produtos agroquímicos, para embasar o avanço da tecnologia na indústria e no campo. “As empresas cotistas do Drones SP poderão utilizar dados extraídos das experiências do Fórum, visando a desenvolver protocolos específicos para seus produtos e suas iniciativas na área”, conclui Ramos.
Programa Drones SP
Assessoria de Imprensa na Agrishow
BIA – Bureau de Ideias Associadas, Imprensa e Com. Est.
Fernanda Campos
Marcelo Quaglio

