Centro de Operação Agrícola: Qual o valor estratégico dessa inovação para o setor sucroenergético?
18-11-2024
Em um cenário de constantes desafios para o setor sucroenergético, uma das maiores inovações em gestão de usinas surge com o conceito do Centro de Operações Agrícolas (COA).
*Rafaela Cota e Rosana Baraldi
Durante o evento Imersão COA, organizado pelo Pecege Consultoria e Projetos, representantes de 27 grupos econômicos, responsáveis por cerca de 230 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, reuniram-se para discutir e comparar práticas e investimentos que impulsionam a eficiência operacional.
Por que o COA é importante para as usinas de cana-de-açúcar?
O COA é visto como um ponto de virada na gestão agrícola e industrial, oferecendo um monitoramento integrado e em tempo real das operações de campo e das instalações industriais. Para as usinas, o COA representa um centro nervoso de dados que torna possível não apenas acompanhar o desempenho, mas também otimizar recursos e reduzir desperdícios — um passo fundamental em um setor em que cada pequena eficiência extra conta para o resultado final.
Quais atividades estão sob a responsabilidade do COA?
Durante o evento, foram destacados três pilares principais da atuação do COA:
- Monitoramento em Tempo Real: Acompanhamento contínuo das operações em campo e na indústria, com foco em ações imediatas que evitam perdas e melhoram o uso dos recursos.
- Gestão de Tempos e Movimentos: Análise detalhada de cada etapa, visando maior produtividade e a minimização de desperdícios operacionais.
- Análise de Desempenho: Com base em indicadores bem definidos, o COA oferece suporte para decisões rápidas e fundamentadas, melhorando a eficiência operacional.
Essas funções fazem do COA uma peça-chave para otimizar processos que antes eram monitorados de forma isolada, garantindo uma visão abrangente e integrada de toda a operação.
O investimento no COA compensa?
Embora o COA exija investimentos em tecnologia e na capacitação de equipes, o retorno financeiro é tangível. O impacto positivo se reflete não só na redução de custos, mas também na melhoria de processos e na alocação mais eficiente dos recursos. Além de gerar economia, o COA promove uma visão de longo prazo para as usinas, baseada na melhoria contínua e no ajuste preciso das operações.
Quais são os próximos passos?
A partir das discussões da Imersão COA, um relatório será elaborado com dados e indicadores médios, oferecendo um benchmark para o setor. Esse documento deve auxiliar tanto usinas quanto produtores independentes a avaliar os investimentos e identificar oportunidades de melhoria que possam ser aplicadas em suas próprias operações.
Qual é o futuro do COA no setor?
Para muitos dos participantes do evento, o COA não é apenas uma ferramenta de eficiência, mas sim um investimento estratégico que redefine a competitividade no setor. A expectativa é que, à medida que mais usinas adotem essa prática, o COA evolua, incorporando novas tecnologias e métodos de análise que o tornem cada vez mais robusto e alinhado às necessidades do setor.
Em um setor com margens apertadas, a busca pela eficiência operacional é essencial para manter a competitividade e o crescimento.
*Rafaela Cota e Rosana Baraldi - Pecege Consultoria e Projetos,

