Cogen defende inclusão de térmicas a biomassas para prover energia firme, resiliente e mais limpa
30-09-2025
Tema será discutido no 9º Fórum Cogen - evento será realizado no dia 2 de outubro, no Grand Hyatt São Paulo, em São Paulo
Em sua contribuição à Consulta Pública n° 194, aberta pelo Ministério de Minas e Energia (MME) para ouvir os agentes do mercado sobre as condições para o LRCAP 2026, a Associação da Indústria de Cogeração de Energia, (Cogen) defende a inclusão no certame das usinas termelétricas a biomassas.
Entre as fontes listadas pela Cogen estão o etanol, o bagaço de cana-de-açúcar, o B100, o biogás, o biometano, o licor negro, a lenha, resíduos florestais, resíduos sólidos urbanos, o capim elefante e a casca de arroz.
De acordo com a Cogen, os motivos apresentados na Nota Técnica do MME para justificar a não participação da fonte biocombustíveis no LRCAP estão relacionados tão-somente à geração de energia elétrica a partir do biodiesel, o que não justificaria a exclusão das demais fontes a biomassas.
Com esse argumento, a Cogen pede o retorno da participação dessas fontes renováveis no LRCAP 2026, com empreendimentos de geração termelétrica novos ou existentes. "As termelétricas a biomassas fornecem energia elétrica de forma firme, resiliente e confiável ao setor elétrico brasileiro, de forma a já prover potência elétrica ao Sistema Interligado Nacional", argumenta a associação.
"Trata-se também de uma fonte de energia renovável, de modo que o fomento ao fornecimento de potência a partir das biomassas traz uma série de benefícios a matriz elétrica e a sociedade brasileiras. A proposta da Cogen procura estimular a consolidação das termelétricas a biomassas nos Leilões de Reserva de Capacidade, desenhando uma política setorial mais focada nesse tipo de termelétrica renovável, com produtos independentes das termelétricas não renováveis", prossegue a Cogen.
Sinal importante meses antes da COP-30
De acordo com o presidente executivo da Cogen, Newton Duarte, a inclusão das biomassas é um sinal importante a ser dado pelo país em ano em que a COP-30 será sediada no mês de novembro em Belém.
"A valorização da geração de potência elétrica a partir de fontes renováveis é um exemplo concreto de descarbonização do Brasil", diz Duarte. "Além de consolidar a segurança eletroenergética interna com uso de fontes renováveis, algo que é preconizado pelos órgãos de planejamento setorial, essa medida é fundamental para reforçar o papel do país como referência mundial em bioenergia, evitando emissões de Gases de Efeito Estufa, dinamizando a indústria local e estruturando uma oferta de projetos mais próximos à carga", explica o presidente executivo da Cogen.
Outra sugestão apresentada pela Cogen é a inserção de parâmetros de flexibilidade operativa condizentes com a fonte. Isso permitiria a concretização de uma oferta significativa de fornecimento de potência elétrica a partir de térmicas a biomassas, de acordo com diretor de Tecnologia e Regulação da Cogen, Leonardo Caio Filho.
"Tratam-se de unidades geradoras com caldeiras e turbinas a vapor, equipamentos que precisam de rampas de acionamento e desligamento adequadas", diz o diretor de Tecnologia e Regulação da Cogen. LRCAP 2026 É UM DOS TEMAS DO 9º FÓRUM COGEN O LRCAP 2026 será um dos temas que serão debatidos no 9° Fórum Cogen - Desafios e Oportunidades para o Mercado de Cogeração, evento que será realizado no dia 2 de outubro (2/10), no Hotel Grand Hyatt São Paulo, em São Paulo
“Nosso objetivo, com esse evento, é reunir empresários, autoridades governamentais e outros agentes do mercado para analisar os desafios e oportunidades dos setores elétrico, de bioenergia e de gás natural. E o LRCAP 2026 tem papel crucial para o futuro energético do País”, afirma o presidente executivo da Cogen, Newton Duarte.
“Nossa ideia é debater soluções de forma propositiva, visando contribuir com propostas para desenvolver o mercado de cogeração no Brasil, que é uma das formas mais competitivas e eficientes de se produzir energia e poupar água dos reservatórios das hidrelétricas. Cabe ressaltar que a cogeração com as biomassas poupa, em média, 15 pontos percentuais dos reservatórios dos subssistemas SE/CO”, reforça.
A abertura do evento terá uma apresentação de Thiago Prado, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) Entre os convidados para os painéis estão nomes como Marisa Maia de Barros, subsecretária de Energia e Mineração do Governo do Estado de São Paulo; Wilson Ferreira Jr, presidente do Conselho de Administração da Matrix Energia; João Carlos de Oliveira Mello, CEO da Thymos Energia; Mário Luiz Menel da Cunha, presidente do Fórum das Associações do Setor Elétrico (FASE), András Mesics, CEO da SoEnergy International; Walfrido Victorino Ávila, presidente do Conselho da Tradener; Max Xavier Lins, CEO da Delta Energia; e Silvio Costa, CEO da LD Celulose. Também estarão presentes nomes como Ricardo Cantarani, gerente Executivo Institucional da Necta Gás; Lucas Simone, Head Regulatório, Institucional, Comunicação e Suprimento de Gás da Commit Gás; José Renato Bruzadin, Diretor Executivo de Desenvolvimento de Novos Negócios da Veolia; Lucas Monteiro, Gerente de Vendas de Aplicações à Gás da Sotreq; Monica Wajnsztajn, Business Development Director LatAm da Innio Jenbacher; Hans Korteweg, Executive Director do Cogen World Coalition (CWC); e Adriano Marcolino, General Manager Business Development Agreements and Upgrades Wärtsilä Brasil e José Sidnei Colombo Martini, Professor da Escola Politécnica da USP.
As inscrições são limitadas e podem ser feitas pelo link www.sympla.com.br/evento/9-forum-cogen-desafios-e-oportunidades-para-o-mercado-de-cogeracao/3080744?referrer=www.cogen.com.br

