Colheita integral versus enfardamento da palha
15-06-2015

A estratégia para o recolhimento da palha não é como uma receita de bolo, segundo Henrique Junqueira Franco, pesquisador do Laboratório Nacional do Bioetanol, do CTBE (Laboratório nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol). “Devem existir estudos específicos para a realidade de cada empresa, pois cada realidade tem um comportamento por diferentes variáveis.”

Um tema que Franco gosta de debater é a colheita integral versus o enfardamento, destacando que hoje esta última alternativa é a mais viável para o setor e que vem atraindo muitos adeptos.

Mas Franco não está certo de que esta é a melhor tecnologia a ser adotada pelo setor. Para ele, o grande problema é a cana-de-açúcar cair no chão depois de colhida. “Tudo indica que a colheita integral bem feita seja a de melhor qualidade para a indústria, porque leva menor impureza mineral para o sistema de processamento”, afirma.
Mas muitos estudos voltados à colheita integral são necessários para que esta opção seja viabilizada ao produtor. “Dentro dos próximos cinco anos, acredito que teremos uma tecnologia de colheita integral melhor, para fazer energia na indústria.”

Segundo ele, a colheita integral ainda tem alguns gargalos. Um deles é a densidade de carga: aumenta muito a quantidade de palha que vai junto dos colmos, necessitando de mais caminhões para o transporte. Além disso, “temos baixa eficiência de separação dessa palha na indústria pela limpeza a seco. Dependendo da época do ano, do orvalho, por exemplo, essa limpeza é praticamente inexistente, o que faz com que a extração do caldo na moenda seja prejudicada e ocorra perda de açúcar na extração”, explica Franco.

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