Com 28,5 milhões de ocupados, agro brasileiro atinge novo recorde de empregos no 1º trimestre de 2025 
							26-06-2025
					
					
										 
						
					Crescimento impulsionado por agrosserviços, indústria de rações e formalização de vínculos reforça papel estratégico do setor no mercado de trabalho e na economia nacional
O agronegócio brasileiro atingiu um marco histórico ao empregar 28,5 milhões de pessoas no primeiro trimestre de 2025. O número representa uma alta de 0,6% em relação ao mesmo período de 2024, o que equivale à inclusão de cerca de 171 mil novos trabalhadores. Os dados, que integram a série histórica iniciada em 2012, foram divulgados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da Esalq/USP, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).
Com esse desempenho, a participação do agronegócio no total de ocupações do país subiu para impressionantes 26,23% nos três primeiros meses do ano. O resultado reflete não apenas o dinamismo do setor, mas também a sua capacidade de gerar empregos em diferentes elos da cadeia produtiva, da indústria ao varejo.
Segmentos em destaque: agrosserviços e agroindústria puxam o crescimento
De acordo com os pesquisadores do Cepea/CNA, o crescimento do emprego no agro foi impulsionado principalmente pelos segmentos de:
- Agrosserviços: alta de 2,4%, com 252,3 mil novos postos – reflexo direto da ampliação do consumo e da logística entre campo e consumidor final;
- Agroindústria: avanço de 4,8%, somando 222,9 mil pessoas, com destaque para os setores de vestuário, etanol, moagem e abate de animais;
- Insumos: aumento expressivo de 10,2%, representando cerca de 30,2 mil empregos, sobretudo puxado pela indústria de rações.
Esses dados revelam o efeito multiplicador do agronegócio em outras cadeias produtivas e sua importância não apenas como motor do campo, mas como força estruturante da economia brasileira.
Formalização, qualificação e protagonismo feminino crescem no setor
Outro ponto positivo evidenciado no levantamento é o perfil dos novos ocupados no agronegócio. A expansão foi sustentada, em grande parte, por:
- Empregadores e empregados com carteira assinada, demonstrando maior formalização nas relações de trabalho;
- Trabalhadores com maior nível de instrução, consolidando uma tendência já observada na série histórica desde 2012;
- Mulheres, cuja participação aumentou no primeiro trimestre de 2025, evidenciando maior inclusão de gênero no setor.
Essas características reforçam a modernização do agro brasileiro, cada vez mais conectado com práticas de gestão profissional, diversidade e inovação.
Renda também cresce para todos os perfis de trabalhador
Além da geração de empregos, o levantamento mostra evolução na renda média mensal:
- Empregados: aumento de 2,2%
- Empregadores: alta de 2,9%
- Trabalhadores autônomos: crescimento de 9,1%
Os dados refletem não só o dinamismo da cadeia produtiva, mas também o reconhecimento crescente da qualificação e da produtividade dos profissionais envolvidos no setor.


 
			 
							