Com a irrigação é fundamental adotar variedades de cana resistentes às principais doenças da cultura.
29-05-2025
Estudos mostram que a cana-de-açúcar começa a desenvolver sintomas de ferrugem marrom a partir de quatro horas de molhamento foliar
René Sordi, consultor e presidente do Grupo de Irrigação e Fertirrigação em Cana-de-Açúcar (GIFC), ressalta a importância de utilizar materiais resistentes às principais doenças da cultura. Segundo René, a irrigação altera o microclima das áreas, tornando os canaviais mais suscetíveis ao estabelecimento de doenças. Caso uma variedade menos tolerante seja implantada nesse ambiente, os danos serão agravados e, em alguns casos, irreversíveis.
“Estudos já mostraram que a cana-de-açúcar começa a desenvolver sintomas de ferrugem marrom a partir de quatro horas de molhamento foliar, sendo que o aumento desse período para 13 horas eleva o número de lesões causadas pela doença. O mesmo se aplica à ferrugem alaranjada. O aumento do período de molhamento foliar combinado com temperaturas ideais diminui o período de latência e incubação da doença, favorecendo a expressão dos sintomas.”
Estudos como esses mostram como a irrigação age como um vetor para o estabelecimento de doenças, observa René. “Se já é importante usar variedades resistentes em áreas de sequeiro com histórico de doenças, em canaviais irrigados isso se torna imprescindível.”
René ressalta que o tema “variedade x ambiente irrigado” tem gerado muita discussão entre os profissionais do setor. Por conta disso, o GIFC realizará no dia 25 de setembro, no Hotel Nacional em São José do Rio Preto/SP, um encontro técnico intitulado "Irrigação em cana-de-açúcar e seus desafios: variedades responsivas, produtividade e colheitabilidade.” Saiba mais detalhes no site (www.gifc.com.br) e redes sociais do GIFC.
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