Com as chuvas não cresce só a cana, o mato também
26-11-2019
Plantas daninhas podem reduzir até 42% da produtividade por hectare durante os meses com alta pluviosidade
O período de outubro a março no Centro-Sul é marcado por intensas mudanças climáticas, como maior pluviosidade, aumento de temperatura e mais horas de luz ao longo do dia. Essas condições têm profundos impactos na fisiologia das plantas. A cana-de-açúcar, por exemplo, tem seu crescimento acelerado, maior alongamento e ampla formação de entrenós.
Outra planta que gosta - e se beneficia – desse clima é a daninha. Fisiologicamente adaptadas às condições de temperatura e umidade no solo mais elevadas, essas invasoras têm sua germinação e emergência diretamente influenciadas por essas características, tornando sua incidência maior durante o período úmido.
As chamadas folhas largas estão entre as plantas daninhas de difícil controle
As espécies mais “favorecidas” são chamadas fisiologicamente de C4, pois não apresentam saturação luminosa para produção de fotossíntese. Nesse grupo, destacam-se a tiririca, os capins e as folhas largas de difícil controle, como a mucuna, mamona, merremias e ipomeias.
Na lavoura canavieira, os herbicidas é a classe de defensivos mais utilizada, em decorrência da grande variedade de plantas daninhas
Trabalhos científicos mostram que, caso não controladas, as plantas daninhas podem reduzir até 42% da produtividade por hectare durante os meses com alta pluviosidade, especialmente em função das características de agressividade dessas ervas, como grande produção de sementes, alta capacidade de extrair nutrientes e água do solo e rápido crescimento. Por conta disso, é vital que produtores e usinas redobrem seus cuidados nesta época.
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