Com irrigação por gotejo, George Guido, produtor de cana em Alagoas, consegue média de 126 TCH E canaviais com 10 anos sem reforma
24-08-2023
“Essa tecnologia realmente compensa. O aumento na produtividade chega a ser de 50 TCH, sem falar na maior longevidade dos canaviais. Meu sonho é fechar todas minhas áreas no gotejamento”, diz Guido
Após sucessivas quebras de produção por conta da seca, o produtor nordestino George Guido, de Teotônio Vilela/AL, resolveu apostar na irrigação para tentar segurar sua produtividade agrícola e não amargar tantos prejuízos. “Numa safra mais úmida eu retirava cerca de 70 toneladas de cana por hectare (TCH). Na seguinte, vinha uma estiagem e baixava minha produção para 40 TCH. Mas os custos eram os mesmos. Minha percepção era de que essa instabilidade climática estava inviabilizando meu negócio. Diante desse cenário, comecei a olhar a irrigação com outros olhos.”
O início da mudança veio em meados de 2010, com a adoção do projeto de irrigação de salvamento por meio de canhões e carros irrigadores. “Esse sistema não alavancou minha produção, mas foi importante para impedir quebras drásticas nos anos de estiagem. Antes eu perdia quase 50% em safras secas. Hoje, essa queda, quando ocorre, se resume a 10%.” Atualmente, a propriedade possui 900 hectares de canaviais, divididos entre área própria e arrendada. O projeto de salvamento contempla cerca de 600 hectares.
Após essa empreitada bem-sucedida, George Guido começou a ser atraído pelo gotejamento, modalidade de irrigação que não apenas salvaria sua cana em anos secos, como impulsionaria a produtividade agrícola de seus canaviais. “Iniciei com uma malha hidráulica flexível da Netafim, instalada de forma superficial em um viveiro de 5 hectares. Com apenas sete meses, aquele canavial estava sem falhas e pronto para colheita.”
Estiagens na região alagoana de Teotônio Vilela levaram produtor George Guido a considerar a irrigação por gotejamento para incremento de produção
Foto: Divulgação Netafim
Após a implantação da irrigação por gotejamento superficial em mais algumas áreas, o produtor alagoano e fornecedor das usinas Coruripe (matriz) e Impacto Bioenergia instalou seu primeiro projeto de gotejamento subsuperficial. Nas palavras dele, o gotejamento superficial é excelente, mas o enterrado é outra história. “Com essa tecnologia, eu coloco água ‘na boca da cana’, e nos momentos em que ela mais precisa. Sem falar que consigo aplicar defensivos e nutrientes de forma parcelada utilizando essa mesma estrutura.”
Atualmente, Guido possui 90 hectares de irrigação por gotejamento subterrâneo na sua propriedade. Área que deve ser expandida para 130 hectares no próximo ano. De acordo com ele, a produtividade média desses canaviais chega a atingir 126 TCH. “Além de incremento na renda em função do aumento de produtividade, pretendo diluir meus custos de plantio ao levar essas levar essas áreas por, no mínimo, 10 anos sem reforma.”
Para o produtor, esses números mostram como a irrigação por gotejamento da Netafim é viável, não apenas para usinas, mas também para pequenos, médios e grandes fornecedores. “Essa tecnologia realmente compensa. O aumento na produtividade chega a ser de 50 TCH, sem falar na maior longevidade dos canaviais. Meu sonho é fechar todas minhas áreas no gotejamento”, confessa.
A experiência da Netafim em irrigação é fruto da vivência com a escassez hídrica em seu país de origem, Israel, onde os avanços em irrigação transformaram desertos em lavouras altamente produtivas. Na cana-de-açúcar, os benefícios da tecnologia de irrigação por gotejamento da companhia vão muito além do incremento de produtividade. Também incluem aumento da longevidade do canavial; estabilidade na produção; ampliação da cogeração de energia; diminuição dos gastos com CTT (Corte, Transbordo e Transporte); melhor pontuação no RenovaBio; maior geração de Créditos de Descarbonização (CBIOs); melhor eficiência no uso da água e menor dependência do clima.
Atualmente, a empresa oferece duas modalidades tecnológicas de gotejo para cana-de-açúcar. Em canaviais comerciais, é recomendada a irrigação por gotejamento subterrânea. Já em viveiros (Cantosi ou Meiosi), é possível instalar tubos gotejadores de forma superficial e movê-los para novas áreas sempre que necessário. Ambas as soluções podem ser instaladas de pequenos a grandes canaviais.
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