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Com o advento da colheita de duas linhas simultâneas, como fica a relação transbordo x máquina?

No final de novembro, o Grupo de Motomecanização do Setor Sucroenergético (GMEC) realizou seu sexto seminário, o primeiro 100% presencial após a pandemia do novo Coronavírus (Covid-19). Um dos pontos altos do evento foi o debate sobre a colheita de cana-de-açúcar em duas linhas simultâneas. A “mesa redonda” reuniu representantes de três grandes grupos canavieiros (Usina São Martinho, Tereos e Adecoagro) e um produtor rural (Fazenda Santa Isabel). A moderação ficou por conta do Presidente do GMEC e Gerente Agrícola da Usina Santa Isabel, Wilson Agapito.

Quando questionados sobre a relação transbordo x colhedora, os profissionais da Tereos, Adecoagro e Fazenda Santa Isabel afirmaram que a logística da operação teve que ser melhorada, uma vez que cada máquina precisa, em média, de três transbordos de 21 toneladas para não ficar ociosa. “A colhedora não pode parar de jeito nenhum”, ressaltou o gerente corporativo de motomecanização da Adecoagro, Gustavo Naves dos Reis.

O gerente corporativo de manutenção agroindustrial da Tereos, Henrique Minaré Moreira, reforçou que, em casos de canaviais mais produtivos, a relação 3:1 pode até ficar um pouco apertada. “Aumentar a capacidade dos transbordos é uma alternativa a ser estudada.”

Paulo Araújo Rodrigues, produtor rural da Fazenda Santa Isabel, contou que testou várias combinações em sua propriedade, mas como possui apenas uma frente em cada unidade, não houve muito espaço para adaptações. “Talvez com mais frentes e fazendo os ajustes em função da produtividade da cana fosse possível trabalhar com 2,7:1.”

Já o Diretor Agrícola e de Tecnologia da São Martinho, Luis Gustavo Teixeira, afirmou que a companhia está migrando para os transbordos de 30 toneladas. Com isso, a relação por máquina caiu para cerca de 1,6:1.