Conab reduz estimativa da safra de grãos 25/26 em 441 mil toneladas

11-12-2025

Produtividade média da safra de grãos deve cair 2,3%, alcançando 4.210 quilos por hectare

Por redação Agro Estadão

A previsão de produção para a safra de grãos 2025/2026 foi estimada em 354,4 milhões de toneladas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os números foram divulgados nesta quinta-feira, 11, no 3º Levantamento da Safra de Grãos 2025/2026 e apontam um recuo de 441 mil toneladas na projeção em relação ao dado do mês passado. No comparativo a safra passada, há um aumento de 0,6%.

A expectativa é de que a área plantada chegue a 84,2 milhões de hectares, o que representa 3% a mais do que no ciclo anterior. Já a produtividade média deve cair 2,3%, alcançando 4.210 quilos por hectare. 

“O plantio das culturas de primeira safra, como o arroz, feijão, milho e soja, avançam de acordo com as condições climáticas de cada região e, no início de dezembro, encontravam-se levemente abaixo dos patamares observados no mesmo período da safra passada”, indicou a estatal. 

De forma geral, as projeções para as principais cultivos do Brasil se mantiveram constantes. Uma das revisões mais expressivas foi na produção de trigo. Com a aproximação do fim da colheita referente a safra 2025, o país deve colher cerca de 7,96 milhões de toneladas. No comparativo com o levantamento anterior, o salto é de 3,5%. Com relação à temporada passada, a alta é de 0,9%.

Veja as estimativas para as principais culturas

Soja – A Conab apontou que a produção da oleaginosa deve chegar a 177,1 milhões de toneladas, o que é 3,3% a mais do que na safra passada. A semeadura está chegando ao fim no país, com 90,3% da área já concluída. A estimativa é de que 48,9 milhões de hectares sejam plantados. 

Milho – A expectativa é de que a atual safra seja 1,5% menor do que a anterior. A estimativa é de uma colheita de 138,9 milhões de toneladas. Até 8 de dezembro, a área plantada alcançou 71,3% da previsão de 22,7 milhões de hectares (+4,1%). O impacto no milho total (primeira, segunda e terceira safra) é uma redução de produtividade 5,4%, chegando a 6.111 quilos por hectare. 

Algodão – As projeções para a pluma indicam uma produção de 3,95 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 2,9%. “Alguns estados, como Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás, já iniciaram a semeadura da primeira safra, enquanto no Paraná mais da metade da área foi semeada, e São Paulo está próximo de concluir o plantio. Por outro lado, em Mato Grosso, principal produtor nacional, o plantio ainda não começou devido à priorização da soja”, apontou a Conab.

Arroz – Depois de uma safra 2024/2025 com bom desempenho, o Brasil deve colher menos arroz neste ciclo. A estimativa é de 11,1 milhões de toneladas, o que é 12,4% menor. O Rio Grande do Sul, maior produtor do cereal, já alcançou 96% da área semeada.

Feijão  – Com um leve aumento na produtividade média, que deve alcançar 1.142 quilos por hectare (+0,5%), a safra é estimada em 3 milhões de toneladas. Mesmo com o incremento na produtividade, a produção total é 1,8% menor do que o registrado na safra passada. O que puxou essa queda é uma redução de 2,3% na expectativa de área de plantio (2,6 milhões de hectares). 

Sorgo – Os produtores também seguem apostando no sorgo, que deve registrar um aumento de 10% na área plantada, chegando a 1,79 milhões de hectares. A estimativa aponta ainda um crescimento de 8,4% na produção, que pode ir a 6,6 milhões de toneladas. 

Fonte: Estadão