Crise de energia da China aos EUA deixa em linha de alta os óleos vegetais com o inverno chegando
06-10-2021

Consumo industrial de carvão na China está em cheque e os preços dos ativos sobem (Imagem: Reuters/Thomas Peter)
Consumo industrial de carvão na China está em cheque e os preços dos ativos sobem (Imagem: Reuters/Thomas Peter)

Se não há risco iminente de apagão de energia no Hemisfério Norte e Ásia, da China aos Estados Unidos os mercados estão se comportando como se temessem o pior.

Por Giovanni Lorenzon

Enquanto no mundo real se torce para um outono-inverno mais amenos, que demande menos consumo em aquecimento, os preços dos ativos alternativos tendem a subir com a crise do carvão e do gás. O petróleo em alta, renovando mais 1,20% de alta, sem perspectiva de produção adicional pela Opep+, puxa a corrente.

Mas em um mundo saindo da pandemia, apesar dos riscos ainda presentes, as economias vão precisar de mais energia.

Os óleos de palma e soja estão nessa ponta de alta, com o segundo oportunizando ganhos as últimas sessões de Chicago. Na véspera, subiu mais de 3%, e, nesta quarta (6), também vem impulsionado, embora mas levemente até aqui (   , Brasília), a mais 0,74%, a  US$ 61,59

E também acaba dando suporte para o grão, que consegue abafar um pouco sua pressão de baixa (colheita e maiores estoques nos EUA e plantio no Brasil).

Devem oscilar bastante, em patamares mais altos, até que o cenário de consumo avance nos países dependentes dessas matrizes energéticas.

A China já apresenta custos mais elevados de produção, impactando as fábricas grandes consumidoras de energia e espalhando preços mais altos ao redor do mundo comprador, pela oferta restrita de carvão.

A Grã-Bretanha viveu recentemente a falta de combustíveis, apesar de atribuída à mão-de-obra escassa após o Brexit.

Nos Estados Unidos, os preços do gás explodiram.

A Índia é outro grande consumidor mundial que acelerou importações para superar seu déficit de óleo de palma.

Fonte: Money Times