De plantadora de cana articulada ao controlador de taxa fixa ou variável via Isobus, são destaques da TT do Brasil na Fenasucro & Agrocana
18-08-2022
Mulheres que atuam no setor bioenergético foram visitaram o estande da TT do Brasil na Fenasucro & Agrocana para conferirem as soluções da empresa para a lavoura canavieira
Renato Anselmi
Um dos grandes destaques do portfólio da TT do Brasil é a Plantadora de Cana Automatizada TT 8022 BR, que realiza também o plantio de cana picada em áreas inclinadas devido ao exclusivo sistema autonivelante da caçamba – onde são colocadas as mudas –, executa seis tarefas em uma única passagem, e ainda possibilita um baixo consumo de mudas no plantio, utilizando, em diversos casos, 10 gemas por metro, o que gera um consumo médio abaixo de 10 toneladas por hectare.
“A plantadora é articulada, não é uma máquina monobloco, o que permite o plantio em áreas com declive. A caçamba autonivelante, que fica na parte traseira, muda um pouco o centro de gravidade do equipamento. Com isso, existe um melhor apoio no solo, que gera um escorregamento menor”, explica Merquisson Sanches, gerente de operações da empresa no Brasil.
De acordo com ele, o sistema da caçamba é um dos fatores que contribui para a constância da dosagem de mudas durante o plantio, interferindo na redução do consumo de toletes. A máquina possui um processo diferenciado de distribuição de mudas, da caçamba até o chão, que possibilita a dosagem de uma quantidade menor de toletes e um baixo índice de falhas, que dependem também da variedade da cana, da qualidade e da idade da muda. A máquina da TT cria um alinhamento das mudas, entregando, em aproximadamente 90% dos casos, o tolete alinhado com o sulco – informa.
A TT 8022 BR é a máquina que tem mais tecnologia embarcada disponível hoje no mercado, segundo Merquisson Sanches. “Todos os recursos mecânicos são controlados eletronicamente. O operador não precisa descer do trator para fazer algum tipo de ajuste. A automação garante, por exemplo, a dosagem de líquidos ou sólidos, considerando o volume por área, litros ou quilos por hectare. Tudo é monitorado com sensor. Existe uma interatividade muito interessante no transporte de cana. A tecnologia embarcada cria alguns movimentos dentro da caçamba, que geram uma cana mais fluida”, detalha.
Incorporação de adubo – A linha de adubadores da TT do Brasil tem como uma das principais características a incorporação do adubo no solo, incluindo o Corpo FertiMAX, que pode ser adaptado ao chassi de um equipamento de qualquer marca. Os discos desencontrados, de formato e dimensão diferentes, dos adubadores da TT cortam um colchão de até 20 centímetros de palha, fazendo um sulco de 7 a 12 centímetros de profundidade.
Essa incorporação cria condições para a diversificação no uso de adubo, como a aplicação de nitrogênio que tem a ureia como base, que é mais barata e mais fácil de ser encontrada do que o nitrogênio que tem o nitrato de amônia como fonte. A ureia não pode ser utilizada sobre a palha por causa da volatização – constata Merquisson Sanches.
Além do Corpo FertiMAX, a TT disponibiliza para o mercado o FertiMAX Pro, que é um equipamento completo de adubação para fertilizantes sólidos, com chassi, caixa e rosca, para a dosagem de um único produto. Possui recurso para o controle de taxa variável ou taxa fixa via Isobus, que é uma tecnologia com desenvolvimento e engenharia da empresa.
Outra solução da TT para adubação é o FertiMAX Dual – também para fertilizante sólido –, que tem a versatilidade como o seu grande diferencial. Com dois reservatórios, o equipamento possibilita dobrar a capacidade de aplicação de um formulado ou criar – por meio do controle eletrônico de dosagem Isomotion – a formulação de até dois produtos, com dosagens específicas, para áreas de uma mesma fazenda.
“Podem ser utilizados nitrogênio e potássio em uma caixa e fósforo variável em outra ou os dois em taxa variável” – exemplifica Merquisson Sanches. Os recursos do FertiMAX Dual permitem que o produtor faça a formulação adequada para cada área. “Em um local pode haver necessidade de uma dosagem específica e a duzentos metros dali uma dosagem diferente. O equipamento assume as tarefas conforme os mapas de prescrição que foram gerados”, observa.
Economia de tempo – A TT do Brasil oferece ao mercado uma tecnologia inovadora, conhecida como “Hydraside”, que é um sistema de rebatimento hidráulico para ailerons de plantadoras de cana-de-açúcar, que tem o objetivo de garantir mais segurança e reduzir em até 85% o tempo da operação de troca de área.
Uma usina paulista, que possui oito plantadoras equipadas com o sistema Hydraside, conseguiu reduzir de quatro horas para trinta minutos o tempo gasto para colocar cada máquina em condição de transporte, de uma área para outra, e em posição de trabalho – conta Merquisson Sanches. Além disso, a utilização dessa tecnologia dispensa a utilização de Munck, o que proporciona maior segurança operacional.
A TT desenvolveu também a solução Isomotion, que é um controlador de taxa fixa ou variável via Isobus, um protocolo bastante conhecido no mercado. “Estamos mostrando essa tecnologia, de forma didática, na Fenasucro & Agrocana, no FertiMAX Pro e FertiMAX Dual equipados com Isomotion”, diz o gerente de operações da empresa.
O sistema Hydraside, o controlador Isomotion e a tecnologia Planttare – que reverte em automatizada a plantadora manual – foram desenvolvidos pela área de tecnologia da empresa, que está vinculada à unidade brasileira. Com fábricas em Lençóis Paulista, SP, e em Morteros, na província de Cordoba, Argentina, a TT está presente com seus equipamentos em quarenta países. No Brasil, atua desde o mês de dezembro de 2015.
A Fenasucro & Agrocana acontece de 16 a 19 de agosto, em Sertãozinho, SP.
Fonte: CanaOnline

