DMB fornece primeiros resultados de experimento robusto que visa o aprimoramento do plantio mecanizado de cana
20-04-2021
Dados foram divulgados durante 22º edição do Seminário de Mecanização e Produção de Cana-de-Açúcar
Texto: Leonardo Ruiz
Fotos: Divulgação DMB
Um dos segredos para a obtenção de um plantio mecanizado de alta qualidade é o preparo de solo. Atingir excelência na operação garante uma brotação uniforme das gemas e, consequentemente, um canavial sem falhas. No entanto, produtores e usinas ainda encontram dificuldades em dominar a técnica por completo. Especialmente, por não saberem ao certo qual o melhor tipo de preparo de solo para o plantio mecanizado e quais tecnologias poderiam beneficiar ainda mais a operação.
No dia 14 de abril, o gerente de marketing da DMB Máquinas e Implementos Agrícolas, Auro Pardinho, participou da 22º edição do Seminário de Mecanização e Produção de Cana-de-Açúcar. Organizado pelo Grupo IDEA e considerado como o maior e mais qualificado evento sobre mecanização agrícola canavieira do mundo. Este ano foi realizado de forma on-line por conta das restrições impostas pela pandemia da Covid-19.
Em sua apresentação, Pardinho forneceu os primeiros resultados de um experimento que vem sendo conduzido pela DMB em parceria com a AgroQuatro-S Experimentação Agronômica Aplicada, companhia com sede localizada em Sales de Oliveira/SP. O objetivo é avaliar como as tecnologias da companhia podem impactar positivamente o plantio mecanizado da cana-de-açúcar.
Essas tecnologias incluem a Plantadora de Cana Picada PCP 6000 Automatizada e dois acessórios: as caixas de distribuição de óxidos e o sulcador com dispositivo destorroador, equipamento que possui uma haste que subsola o fundo do sulco e um dispositivo destorroador que elimina torrões e ondulações do terreno.
A primeira fase do experimento – e que teve seus resultados divulgados durante o evento do Grupo IDEA – já está concluída, e foi realizada com cana de ano. Os próximos passos incluem avalições sobre os benefícios em cana de ano e meio e em socas de primeiro a terceiro corte. “No final, será um experimento de quatro anos. Muito robusto, inédito e que vai fornecer respostas valiosas no que tange as melhores práticas de preparo de solo para um plantio mecanizado de alta excelência”, relatou o gerente de marketing da DMB.
Experimento engloba quatro tipos de preparo de solo, subdividindo-os com o uso – ou não – das tecnologias da DMB para plantio mecanizado
Pardinho explicou que estão sendo estudados quatro tipos diferentes de preparo de solo no experimento: convencional; eliminador mecânico de soqueiras; plantio direto; e eliminador mecânico de soqueiras + subsolador. Cada uma dessa técnicas foi dividida em duas: de um lado foi feito o plantio com toda a tecnologia da DMB citada anteriormente e, de outro, com uma plantadora cabinada, munida de sulcador comum e sem aplicação de óxido. “Foram plantadas seis linhas de cana em cada tratamento. As avaliações estão sendo feitas nas quatro linhas centrais em diversas repetições”, pontuou.
A distribuição radicular foi a primeira avaliação do experimento. Para isso, foram abertas trincheiras ao longo das linhas da cana e, posteriormente, foram coletadas 16 amostras de solo, a 70cm de cada lado da linha da cana e com 1 metro de profundidade. “Nas áreas onde utilizamos a plantadora automatizada, aliada ao sulcador com dispositivo destorroador e as caixas de óxido, houve maior uniformidade do sistema radicular, tanto pelas laterais da linha como em profundidade, chegando a 1 metro. Em contrapartida, nas áreas sem as tecnologias da DMB, o sistema radicular atingiu uma média de 45cm de profundidade. Além disso, ele ficou muito concentrado em cima e mais de um lado da linha da cana do que do outro, provavelmente no rumo em que está localizada a mangueira do adubo dentro do sulcador.”
Uso das tecnologias da DMB promoveu melhor distribuição radicular
Na avaliação de Pardinho, isso ocorreu pela falta de um dispositivo destorroador, que movimenta o solo e distribui o óxido uniformemente. “Esses dados provam também que não é necessário investir em um equipamento extremamente pesado e sofisticado apenas para injetar o óxido em maiores profundidades. Nossas próprias tecnologias de plantio já fazem isso, tanto que o sistema radicular nesse experimento atingiu mais de 1 metro de profundidade.”
Outros dados do experimento revelados durante o 22º Mecanização abordaram os ganhos de produtividade ao utilizar as tecnologias DMB, que chegaram a 4 Toneladas de Cana por Hectare (TCH). “Com isso, o estudo comprova que não é preciso investir muito no preparo de solo, com todas suas operações de grade aradora e intermediária, pois observamos que a área que recebeu apenas o eliminador de soqueiras registrou a mesma produtividade.” Das quatro práticas estudadas pelo experimento, o plantio direto e o eliminador mecânico de soqueiras aliado a um subsolador foram as que mais proporcionaram ganhos em produtividade agrícola.
Tecnologias da DMB proporcionam, além de redução no custo total do plantio mecanizado, ganhos em TCH
Ao final de sua apresentação, Auro Pardinho forneceu as conclusões obtidas até o momento com o experimento. “O uso das tecnologias da DMB no plantio mecanizado garantiu ganhos médios de 13% no desenvolvimento radicular; melhor distribuição radicular no perfil do solo até 1 metro de profundidade; e maior produtividade em TCH. Além disso, nossos equipamentos substituíram o preparo de solo convencional, propiciando uma economia de até 43% no custo da operação, com maior disponibilidade operacional.”
Fonte: CanaOnline

