Em 2050, o foco do setor será produzir açúcar, bioprodutos e eletricidade a partir do hidrogênio
08-10-2021

Para professor da UFSCar, queimar bagaço para geração de energia elétrica é coisa da idade da pedra. Foto: Arquivo CanaOnline
Para professor da UFSCar, queimar bagaço para geração de energia elétrica é coisa da idade da pedra. Foto: Arquivo CanaOnline

No dia 13 de outubro, às 19h, Octavio Valsechi (Vico) participará da live “A nova indústria sucroenergética - Da evolução da manutenção às diferentes oportunidades de negócio”

Leonardo Ruiz

O setor canavieiro nacional passou por quatro fases produtivas desde seu estabelecimento no Brasil em meados de 1500. A primeira se estendeu por cerca de 475 anos e compreendeu basicamente a recuperação de açúcar. De 1975 até 2010, as usinas começaram a destinar parte da matéria-prima que vinha do campo para produção de etanol, impulsionadas pelo Programa Nacional do Álcool (Proálcool) e, mais tarde, pela chegada dos veículos flex-fuel.

A partir de 2010, o setor deixou de lado o nome “sucroalcooleiro” e passou a ser conhecido como sucroenergético, já que o bagaço da cana-de-açúcar já permitia a geração de energia elétrica, seja para consumo próprio ou exportação para a rede de distribuição. Em 2016, teve início a quarta e atual fase do segmento, caracterizada pela inclusão dos bioprodutos (biogás e biometano).

Professor na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Octavio Valsechi (Vico) afirma que grande parte das companhias do setor já opera olhando o futuro. Segundo ele, em 2050, o segmento sucroenergético brasileiro irá focar seus esforços na produção de açúcar, eletricidade e bioprodutos. O etanol será produzido em menor escala, pois restarão poucos veículos que o utilizarão como combustível. “No entanto, a eletricidade não será gerada pela queima de bagaço. Isso é coisa idade da pedra.” Para ele, o hidrogênio será uma das principais fontes da matriz energética do futuro. “Já temos inúmeros veículos na Europa movidos a hidrogênio. Existem, inclusive, protótipos de aviões funcionando da mesma forma. E de onde virá esse hidrogênio? Da cana-de-açúcar.”

Para Vico, hidrogênio será uma das principais fontes da matriz energética do futuro. E de onde virá esse hidrogênio? Da cana-de-açúcar”

Foto: Arquivo pessoal

No dia 13 de outubro, às 19h, Vico participará da live “A nova indústria sucroenergética - Da evolução da manutenção às diferentes oportunidades de negócio”. O evento será transmitido ao vivo pelos canais digitais da CanaOnline (YouTube, Facebook e LinkedIn) e contará com a participação de:

* Luciano Zamberlan - Gerente de Projetos E2G e Biogás da Raízen;

* André Gustavo Alves da Silva – Diretor Comercial e Novos Produtos da Cocal;

* Zilmar José de Souza – Gerente de Bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica);

* José Roberto Fabre - Gerente Comercial de Soluções Energéticas da CPFL Soluções;

* Octavio Valsechi (Vico) - Professor na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar);

Serviço

Live “A nova indústria sucroenergética - Da evolução da manutenção às diferentes oportunidades de negócio”

Realização: CanaOnline

Data e horário: Quarta-feira (13/10), das 19h às 20h45

Endereços: O evento será transmitido ao vivo nos canais digitais da CanaOnline. Para acompanhar, basta clicar em um dos links a seguir:

YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=MVjk26DlItI

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