Estradas brasileiras ditam o ritmo de vida da motorista Jéssica Viviane dos Santos Lima
13-05-2025
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Jéssica Viviane dos Santos Lima vem de uma família de caminhoneiros. Gerações que atravessaram horizontes atrás de um volante, transportando sonhos, esperanças e mantendo o país em movimento. Para aquela jovem, sua vida só seria completa se, entre curvas e retas, estivesse em uma cabine de caminhão.
Com sua magia contagiante, a estrada é quem dita o ritmo da jornada profissional de Jéssica, que afirma sentir orgulho quando lhe passam a missão de coletar e entregar determinada carga com responsabilidade e no horário certo. “Eu me sinto muito honrada quando, depois de um serviço bem-feito, o patrão elogia meu desempenho. Isso mostra que não são apenas os homens que podem ser caminhoneiros. Eu também dou conta do recado”, salienta.
Essa afirmação traz consigo algumas mágoas guardadas. No início de sua carreira, Jéssica encontrou muitas portas fechadas simplesmente por ser do sexo feminino. “Quando comecei a procurar trabalho, eu bati numa empresa e o dono falou que não iria me contratar, porque o serviço era muito pesado e eu, como mulher frágil, incapaz de executá-lo.”
Após muita procura, Jéssica conseguiu uma oportunidade na Telog, empresa da qual ela sempre havia sonhado em se tornar colaboradora. “Desde antes de tirar minha habilitação, eu passava de ônibus em frente à sede e dizia para mim mesma que um dia trabalharia ali. Quando finalmente fui contratada, foi um misto de emoções. Algo difícil de explicar”, conta.

