Estudo avalia impacto das mudanças climáticas no planejamento da geração elétrica, aponta MME
12-11-2025
Trabalho, desenvolvido em parceria com a EPE e a GIZ, integra as entregas previstas do Plano Nacional de Transição Energética (Plante)
Para aprimorar o planejamento energético nacional, o Ministério de Minas e Energia (MME) lançou, na última terça-feira (4/11), o estudo “Impactos das Mudanças Climáticas no Planejamento da Geração de Energia Elétrica”. A iniciativa, desenvolvida em parceria com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), reúne análises detalhadas sobre como as mudanças climáticas podem afetar a expansão e a operação do setor elétrico brasileiro. O levantamento também aborda dimensões sociais, regulatórias e de governança.
Com base em projeções climáticas de alta resolução e em simulações avançadas de operação e expansão do Sistema Interligado Nacional (SIN), o estudo conclui que a inclusão de cenários climáticos no planejamento pode reduzir os custos operacionais em até 13%, o que representaria um impacto médio de 7% nas tarifas de energia.
Durante o lançamento, o Secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento, Gustavo Ataíde, ressaltou a relevância da iniciativa. “É fundamental incorporar os efeitos das mudanças climáticas ao planejamento energético. Antecipar cenários e adaptar a matriz elétrica é essencial para reduzir custos e conduzir a transição energética com base em evidências científicas”, afirmou.
O estudo faz parte das ações do Plante (Plano Nacional de Transição Energética), que orienta políticas públicas voltadas à redução de emissões de carbono e à sustentabilidade da matriz energética brasileira, em alinhamento com a meta de neutralidade climática do país.
A pesquisa foi realizada no contexto do Projeto Sistemas de Energia do Futuro, iniciativa da Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, executada pela Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) em parceria com o MME, com apoio financeiro do Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento (BMZ) da Alemanha.
O projeto busca estimular a integração de energias renováveis e de medidas de eficiência energética no sistema brasileiro. O estudo contou ainda com a colaboração técnica da EPE, do consórcio PSR–Tempo OK, e do apoio do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), responsáveis pelas análises climáticas e hidrológicas.
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