“Etanol e açúcar são resíduos da cogeração de energia”
09-12-2014
Clivonei Roberto
É o que disse Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da Unica(União da Indústria da Cana-de-Açúcar), se referindo ao processamento de cana neste final de safra, em algumas usinas do Centro-Sul do Brasil.
No Seminário de Produtividade & Redução de Custos, nos dias 3 e 4 de dezembro, em Ribeirão Preto, Pádua afirmou que até 15 de novembro, 82 unidades já tinham encerrado a moagem no Centro-Sul. Na segunda quinzena de novembro seriam 88, mas algumas usinas postergaram o fim da moagem para o início de dezembro por conta do clima.
“Muita empresa está colhendo cana a qualquer produtividade, a qualquer custo, principalmente as que estão cogerando. O principal objetivo é produzir energia, e não etanol e açúcar. Nesse final de safra, o etanol e o açúcar viraram resíduo da cogeração de energia”, brinca Pádua, considerando o bom patamar de remuneração da energia produzida pelas usinas e ofertada para a rede.
Pelo levantamento da Unica, 59 unidades deverão concluir o processamento na primeira quinzena de dezembro e outras 40 na segunda quinzena de dezembro. Por fim, 11 usinas devem fechar a safra apenas no início do próximo ano, com uma entressafra bastante curta.
Segundo ele, a previsão é de que fiquem em pé cerca de 10 milhões de toneladas de cana bisada. “Este volume, provavelmente de cana que tem hoje cerca de 50 t/ha, vai virar cana bisada na ordem de 80t a 90 t, que vai gerar para a próxima safra 15 milhões de toneladas de cana de acréscimo.”
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