“Eu não migrei do químico para o biológico lentamente. Eu pulei de um para o outro”
Em Bebedouro, no interior paulista, Patrícia Marta Matarazzo produz laranja e cana-de-açúcar com excelência e sustentabilidade. “Meu objetivo não é apenas o retorno financeiro. “Também quero salvar o mundo”, afirmou a empresária durante o encontro “Tempos modernos – das inovações do canavial aos novos produtos da cana”, realizado pela CanaOnline, juntamente com o Cana Substantivo Feminino. O evento integrou a programação oficial da Fenasucro & Agrocana 2022.
Durante o encontro, Patrícia ressaltou que a preservação do meio ambiente é um ideal que vem de família. “Minha casa sempre buscou salvar a natureza. Eu cresci com isso em mente, e me aprimorei”, observa.
Segundo ela, sua curiosidade por iniciativas sustentáveis e o desejo de sempre se aperfeiçoar a levaram há alguns anos a conhecer o mundo dos biológicos. “Eu sou uma pessoa que não consegue viver na metade. Por conta disso, fiz uma coisa bastante louca. Eu não migrei do químico para o biológico lentamente. Eu pulei de um para o outro de uma vez só. Foi um passo arriscado. Tivemos inclusive o aumento dos índices de doenças na fazenda. Mas eu tenho uma visão mais sustentável da parte financeira do negócio. Eu perco agora para poder ganhar sempre.”
Atualmente, a fazenda Santa Cruz e Pau D’Alho é detentora dos selos SAI (Sustainable Agriculture Initiative) e Bonsucro. Essas certificações atestam as operações conduzidas na propriedade, que respeitam critérios pré-estabelecidos nas esferas social, ambiental e tributária. Ainda na fazenda, Patrícia desenvolve o Projeto Chiara - Educacional e Ambiental, que tem entre seus objetivos produzir mudas nativas e reflorestar Bebedouro.