Falta de apoio à pesquisa atrapalha evolução do manejo da cana no Nordeste brasileiro
12-12-2024
Essa foi uma das falas de Edilson Maia na live: A evolução do preparo do solo aos tratos culturais da lavoura canavieira – para captação de conteúdo para o livro ‘Cana de Tudo: do Açúcar ao Infinito’
Liderado pelo estado de Pernambuco, o Nordeste brasileiro já foi o maior produtor de cana do mundo. Atualmente, responde por menos de 10% da produção nacional. Na safra 2023/24, a região moeu cerca de 56,48 milhões de toneladas, 8% do volume total produzido no Brasil: 713,2 mi/ton. Os dados são da Conab.
O setor canavieiro nordestino sabe que precisa se reinventar, produzir mais e melhor para se manter vivo. Para isso, incrementa a busca por práticas e tecnologias inovadoras. Quem se empenha muito para isso é o engenheiro agrônomo, produtor, pesquisador Edilson Mais, com mais de 40 anos de atuação no setor bioenergético.
Sua fazenda de 1600 hectares de canaviais na região alagoana de São Miguel do Campos, é um campo de experimentos. Em sua participação na live, Edilson afirmou que muitas tecnologias e técnicas usadas no Centro-Sul já estão, aos poucos, sendo incorporadas ao manejo da região. “O preparo de solo, por exemplo, ainda é 90% feito de forma convencional. Porém, algumas usinas e propriedades rurais já estão migrando para o preparo canteirizado. Outra questão que tem evoluído é em relação ao uso de Mudas Pré-Brotadas (MPBs), tecnologia já consolidada no Centro-Sul e que começa a predominar aqui, com muitas unidades construindo suas próprias biofábricas e apostando no plantio em Meiosi.”
A preocupação com a saúde do solo também é um tema em alta na região, segundo Maia. A Cooperativa Pindorama estaria incentivando o plantio de sorgo em áreas de renovação, enquanto isso, é cada vez maior o número de adeptos a aplicação de vinhaça localizada nos canaviais. “Nas últimas cinquenta décadas, só temos tirado das nossas lavouras, nunca repondo. Precisamos mudar essa visão e passar a olhar diferente para a questão da microbiota do solo.”
O produtor afirma que o Nordeste já avançou no tocante ao uso de novas tecnologias. Porém, ressaltou que há ainda um longo caminho a ser percorrido. “O que precisamos no momento é de maior apoio à pesquisa. No Centro-Sul existe uma estrutura de tecnologia acadêmica para dar suporte ao segmento. Aqui, temos basicamente a Embrapa e algumas universidades fazendo pesquisa. Eu mesmo, de forma particular, me aventuro nesse meio. Mas, não é uma tarefa fácil.”
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