Futuros do açúcar fecham em alta em Nova York com queda na produção brasileira
29-01-2025

A recente valorização do real brasileiro perante o dólar vem dando sustentação aos preços do açúcar nos mercados internacionais. Nessa terça-feira (28) os contratos do açúcar bruto listados na ICE Futures de Nova York fecharam em alta em todos os lotes. O vencimento março/25 foi contratado a 19,23 centavos de dólar por libra-peso, valorização de 6 pontos no comparativo com os preços da véspera. Os demais lotes subiram entre 6 e 12 pontos.

Segundo analistas ouvidos pela Barchart, o real atingiu ontem a máxima de dois meses contra o dólar, o que desencoraja as vendas de exportação por parte dos produtores de açúcar do maior exportador global: o Brasil.

Balanço de safra

Nesta terça-feira a Unica – União da Indústria de Cana-de-açúcar e Bioenergia divulgou os dados do acumulado da safra no Centro-Sul do Brasil até 15 de janeiro, apontando para uma queda de 78,18% na produção de açúcar na primeira quinzena de janeiro, no comparativo com o mesmo período de 2024. “A moagem de cana da região, por sua vez, somou 399 mil toneladas no período, marcando uma retração de 64,10% na comparação anual”.

Londres

O açúcar branco, listado na ICE Futures Europe, de Londres, fechou misto nesta terça-feira, com alta nas três primeiras telas e baixa nos demais contratos. O vencimento março/25 foi contratado ontem a US$ 511,50 a tonelada, valorização de 4,50 dólares no comparativo com os preços da sessão anterior. Já as telas maio e agosto/25 subiram, respectivamente, 2 dólares e 40 cents, no comparativo com a segunda-feira. Os demais lotes recuaram entre 2,40 e 6,60 dólares.

Mercado doméstico

No mercado interno a terça-feira foi de baixa pelo terceiro dia consecutivo nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 149,63 contra R$ 150,72 do dia anterior, desvalorização de 0,72% no comparativo.

Etanol hidratado

Já o etanol hidratado voltou a subir pelo Indicador Diário Paulínia ontem. O biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.930,00 o m³ contra R$ 2.907,00 o m³ praticado no dia anterior, valorização de 0,79% no comparativo.

Rogério Mian

Fonte: Agência UDOP de Notícias