Gasolina sobe 2,85% e pressiona custo de vida
11-11-2021

O resultado do grupo de Transportes foi influenciado principalmente pelo aumento da gasolina, causando o maior impacto individual do mês(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press - 23/10/21)
O resultado do grupo de Transportes foi influenciado principalmente pelo aumento da gasolina, causando o maior impacto individual do mês(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press - 23/10/21)

O custo de vida em Belo Horizonte, medido pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), apresentou um aumento de 1,22% em outubro, de acordo com dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mariana Costa*

Embora tenha ocorrido um recuo em relação a setembro, quando o índice ficou em 1,34%, o aumento da gasolina foi o item que causou maior impacto individual para a inflação em outubro, na Grande BH. A variação acumulada no ano é de 7,77% e de 10,46% nos últimos 12 meses.

No país, a variação mensal foi de 1,25%, acima da taxa de setembro, de 1,16%. Foi a maior variação para um mês de outubro desde 2002 (1,31%). No ano, o índice acumula alta de 8,24% e, nos últimos 12 meses, de 10,67%. Na Grande BH, oito grupos apresentaram variações positivas: Transportes (2,54%), Alimentação e Bebidas (1,54%), Vestuário (1,12%), Artigos de Residência (1,06%), Habitação (1,02%), Comunicação (0,77%), Despesas Pessoais (0,59%); além de Saúde e Cuidados Pessoais (0,19%). Somente o grupo Educação apresentou queda, de 0,06%.

O resultado do grupo de Transportes foi influenciado principalmente pelo aumento da gasolina (2,85%), causando o maior impacto individual do mês. Também tiveram destaque, os seguintes aumentos: passagens aéreas (37,47%), transporte por aplicativo (27,44%), etanol (3,72%), motocicleta (3,38%), automóvel usado (1,63%) e automóvel novo (1,40%).

No grupo Alimentação e Bebidas (1,54%), os destaques foram para as altas no preço do tomate (36,14%), do frango em pedaços (4,57%), da batata-inglesa (9,61%) e dos panificados (1,18%). Já o leite longa vida (-3,65%) e o arroz (-1,31%) apresentaram as maiores quedas. Alimentação fora do domicílio registrou elevação de 1,36%. O lanche teve aumento de 2,56% e a refeição de 0,91%.

Em Vestuário (1,12%), o aumento foi de 1,22%. Já em Habitação (1,02%), o resultado foi influenciado principalmente pela elevação do gás de botijão (5,41%). Mas também tiveram destaque os aumentos do condomínio (2,07%) e aluguel residencial (0,98%).

NO BRASIL 

Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados subiram em outubro, no país. Transportes (2,62%) registrou o maior aumento, principalmente devido aos reajustes dos combustíveis (3,21%). A gasolina subiu 3,10% e teve o maior impacto individual no índice do mês. Foi a sexta alta consecutiva nos preços desse combustível, que acumula 38,29% de variação no ano e 42,72% nos últimos 12 meses.

*Estagiária sob supervisão do subeditor João Renato Faria

Efeito no dólar

A alta da inflação em outubro ajudou o dólar a fechar o dia estável, a R$ 5,50. Na avaliação do mercado, a aceleração do IPCA  aumentou as expectativas de que o Banco Central mantenha ou aumente o ritmo de alta dos juros, o que torna o Brasil mais atraente para recursos estrangeiros. 

 Fonte: Estado de Minas