Grupo Colorado celebra compra da usina da Raízen
10-11-2025

Negócio de R$ 750 milhões reforça estratégia de expansão e eficiência operacional

Por Andréia Vital

O Grupo Colorado anunciou a celebração de contrato com a Raízen Energia S.A. para a aquisição da Usina Continental, localizada no município de Colômbia - SP. O ativo possui capacidade instalada de moagem e processamento de cerca de 2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra.

Segundo comunicado do grupo, a operação “marca uma nova etapa de expansão e fortalecimento da presença no setor sucroenergético, reforçando a busca constante por sinergias operacionais, ganhos de eficiência e crescimento sustentável”.

Atualmente, o Grupo Colorado opera duas unidades industriais — a Usina Colorado, em Guaíra - SP, e a Central Energética Morrinhos, em Morrinhos - GO. Juntas, elas têm capacidade instalada para processar 9 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra, com produção anual de aproximadamente 780 mil toneladas de açúcar, 575 mil metros cúbicos de etanol e geração de 75 MW de energia elétrica, dos quais 39 MW são exportados para o sistema interligado nacional.

Com a incorporação da Usina Continental, o grupo amplia sua capacidade produtiva e reafirma o compromisso de longo prazo com o desenvolvimento regional, a sustentabilidade e a excelência na gestão e operação de suas unidades.

O Santander atuou como assessor financeiro exclusivo do Grupo Colorado em todas as etapas do processo. A conclusão do negócio está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e ao cumprimento das condições precedentes estabelecidas em contrato.

Venda faz parte da estratégia de otimização da Raízen

Em comunicado paralelo, a Raízen confirmou a venda da Usina Continental ao Grupo Colorado, em uma operação avaliada em R$ 750 milhões. O valor inclui a cessão da cana própria, dos contratos com fornecedores vinculados à unidade e os investimentos em manutenção de entressafra, que serão assumidos pelo comprador.

O pagamento será feito à vista, na conclusão da operação, sujeito a ajustes usuais em transações do tipo.

A companhia destacou que a alienação do ativo está alinhada à sua estratégia de otimização do portfólio de usinas, com foco em simplificação operacional, captura de eficiências e aumento da rentabilidade.

Após a conclusão dessa e de outras operações em andamento, a Raízen passará a operar 24 usinas, com capacidade total de moagem de cerca de 73 milhões de toneladas por safra.

“Essa operação reforça nosso compromisso com a eficiência e a disciplina na alocação de capital, fortalecendo a competitividade do portfólio agroindustrial da companhia”, afirmou Rafael Bergman, CFO e diretor de Relações com Investidores da Raízen.

A conclusão da venda ainda depende do aval do Cade e do cumprimento das condições contratuais. A Raízen informou que manterá o mercado atualizado sobre os desdobramentos relevantes relacionados à operação.